segunda-feira, 30 de junho de 2014


AMÊNDOAS – UM NOVO PREBIÓTICO?

As oleaginosas em geral são excelentes fontes de vitaminas e minerais, além de ácidos graxos mono e poli-insaturados, fibras e aminoácidos, nutrientes essenciais para a manutenção da saúde. Diversos estudos já demonstraram benefícios com o consumo de oleaginosas, incluindo ação antioxidante e modulação dos níveis de colesterol, entre outros. Recentemente, pesquisadores americanos demonstraram que o consumo de amêndoas inteiras pode melhorar a saúde intestinal devido a seu efeito prebiótico.

Comprovando estudo de 2010, que demonstrou que tanto amêndoas inteiras como apele de amêndoas descascadas podem aumentar a população bifidobactérias intestinais, o estudo publicado em 2014 comparou os efeitos do consumo de amêndoas tostadas, amêndoas inteiras com pele e FOS. Após 6 semanas de intervenção, o consumo de amêndoas inteiras assim como de FOS promoveu aumento nos níveis de bifidobactérias e lactobacilos e esse aumento foi mantido por 2 semanas após o consumo. Esses efeitos benéficos podem ser atribuídos tanto à quantidade de fibras encontradas nas amêndoas e na sua pele, como ao seu teor de polifenois. Leia os detalhes dos estudos em FEMS Microbiol Lett 304 (2010): 116–122 e Anaerobe 26 (2014): 1-6.

Agora, temos mais um motivo para incluir as amêndoas na alimentação diária – mas você já sabe: consulte seu nutricionista funcional para saber se você pode se beneficiar com o consumo de amêndoas!

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quinta-feira, 26 de junho de 2014


Dieta saudável e risco de parto prematuro

Todo mundo já sabe os benefícios de uma dieta saudável. Pesquisadores noruegueses demonstraram mais um efeito positivo: mulheres com uma dieta considerada “mais saudável” apresentaram um risco de parto prematuro 15% menor quando comparadas com mulheres com dieta “menos saudável”!

O estudo com 66 mil mulheres utilizou questionários de frequência alimentar identificou três tipos principais de dieta: dieta saudável (composta por vegetais, frutas, gorduras saudáveis, grãos integrais, pães ricos em fibras e água), dieta ocidental (refeições ricas em sal e doces, pães brancos, sobremesas e carnes processadas) e dieta tradicional (a base de batata e peixes).

Os resultados indicaram que o aumento de uma dieta saudável é mais importante do que a exclusão de alimentos prejudiciais, como alimentos processados, fast foods, entre outros!!! Ou seja, reforça a importância da educação alimentar, já que não basta simplesmente excluir alimentos inadequados da dieta, mas sim incluir alimentos nutritivos! Esses efeitos foram observados inclusive em mulheres com histórico de parto prematuro.


Veja o artigo publicado na British Medical Journal (BMJ 2014;348:g1446), com acesso gratuito em www.bmj.com!

Confira as novidades do IFM no Congresso Internacional de Nutrição Funcional



segunda-feira, 16 de junho de 2014

A verdade sobre o processo de destoxificação


A Destoxificação é um processo que ocorre em diversos órgãos, principalmente no fígado, e consiste na transformação e eliminação de substâncias que podem ser nocivas ao nosso organismo, como agrotóxicos, ar poluído, aditivos químicos e medicamentos, entre outros.  Este mecanismo importante para o equilíbrio orgânico tem como objetivo aumentar a polaridade da substância em questão, possibilitando a sua eliminação pela urina, bile, suor entre outras secreções.

O estilo de vida atual, bem como as condições do meio ambiente, expõe o organismo humano diariamente a diferentes tipos de toxinas, exigindo um ótimo processo endógeno de destoxificação. Além dessas toxinas ambientais, diversas substâncias presentes nos alimentos também podem agir como xenobióticos, tais como agrotóxicos, hormônios, substâncias alergênicas, aditivos alimentares, entre outros.

O processo de biotrasnformação e eliminação de toxinas requer um fígado sadio, bem como diversos nutrientes que vão atuar diretamente nas reações bioquímicas. Alguns alimentos, como brássicas, frutas vermelhas, chá verde, gengibre, ervas e especiarias como a cúrcuma são essenciais para potencializar este processo tanto por melhorar a defesa antioxidante como por fornecer nutrientes cofatores (vitaminas, minerais e compostos bioativos) para as reações enzimáticas que envolvem a destoxificação. Além da inclusão destes alimentos, também é importante reduzir a exposição às toxinas que encontramos em alguns alimentos contaminados por agrotóxicos, em aditivos alimentares e em algumas embalagens de produtos industrializados.


Por isso, lembre-se consulte seu NUTRICIONISTA FUNCIONAL que poderá identificar as possíveis fontes de xenobióticos em sua alimentação, bem como propor uma dieta que atenda às suas necessidades diárias e seja capaz de potencializar seu processo de destoxificação!


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Veja o vídeo de nossa Palestrante



Não fique de fora !Venha para o X Congresso Internacional de Nutrição Funcional
Dias 11 a 13 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo





Mais Informações: vponline.com.br/congresso

quarta-feira, 11 de junho de 2014

CHIA & FUNCIONAMENTO INTESTINAL


A chia é a semente queridinha do momento!!! Por conter grandes quantidades de ácido alfa-linolênico (ômega-3) é um ótimo substituto da linhaça. Possui ainda proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais, além de alguns antioxidantes.

Essa pequena semente também é rica em fibras 

(18-30%), permitindo que a chia absorva água em até 10 vezes o seu próprio peso formando um gel viscoso, que contribui para a redução da absorção intestinal de açúcar. Além disso, esse gel viscoso contribui para a formação do bolo fecal, tornando a chia uma ótima opção para melhorar o funcionamento intestinal.

A chia pode ser consumida acompanhando frutas e saladas como também na forma de “sagu funcional”. Para isso adicione 3 colheres de sopa cheias a 150 ml de suco de uva integral orgânico e deixe na geladeira por aproximadamente 4 horas. Depois é só se deliciar com essa sobremesa funcional.


Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Mel e o Emagrecimento



 O mel é uma substância doce produzida pelas abelhas a partir do néctar das flores; sua utilização como edulcorante é conhecida em diferentes partes do mundo. Seu alto teor de açúcares, pequenas quantidades de aminoácidos e lipídios, juntamente com algumas vitaminas, minerais e compostos antioxidantes transmite o seu elevado valor nutricional. 
Porém, as amostras de mel que estão disponíveis comercialmente, diferem em qualidade por conta de vários fatores, como as condições geográficas, sazonais e de processamento, fonte floral, embalagens e período de armazenamento.

As propriedades terapêuticas do mel já são reconhecidas e estudadas há muito tempo. Sabe-se que ele tem o poder de proteger o organismo contra vírus, inflamações, radicais livres e até mesmo câncer. O trato gastrointestinal (TGI) contém grande quantidade de bactérias essenciais e benéficas, especialmente bifidobactérias. Tem sido sugerido que o mel pode aumentar a quantidade dessas bactérias no TGI devido à presença de fibras prebióticas em sua composição.

Mais recentemente, têm-se atribuído ao mel propriedades emagrecedoras. A revista Corpo a Corpo número 302 apresentou a matéria de capa a seguinte frase “Dieta do mel emagrece três quilos em um mês e mata a fome de doce”.

Um estudo publicado pela revista International Journal of Food Sciences and Nutrition investigou o efeito do consumo de mel sobre o peso e alguns parâmetros bioquímicos em pacientes diabéticos. Eles demonstraram que seu consumo pode proporcionar efeitos benéficos sobre o peso corporal e lipídios no sangue de pacientes diabéticos. 

Entretanto, devido ao aumento da hemoglobina glicada, seu consumo deve ser cauteloso. Outro estudo, dessa vez conduzido em ratos, observou que em comparação à sacarose o mel pode reduzir o ganho de peso e adiposidade, provavelmente devido à menor ingestão de alimentos por parte dos ratos que receberam mel ao invés de açúcar.


Os estudos ainda são muito escassos, faltam dados que justifiquem e comprovem essa suposta propriedade emagrecedora do mel. Temos que ter bom senso nesse caso, pois o mel pode ter valor nutricional interessante, mas não deixa de ser uma fonte de carboidrato, na forma de frutose, cujo consumo excessivo pode ser prejudicial a saúde. 


Além disso, é importante considerar que não existe um único alimento capaz de promover perda de peso – os efeitos benéficos só serão alcançados com o consumo de uma dieta nutricionalmente equilibrada.
Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional

REFERÊNCIAS
YAGHOOBI, N.; AL-WAILI, N.; GHAYOUR-MOBARHAN, M.; et al. Natural Honey and Cardiovascular Risk Factors: Effects on Blood Glucose, Cholesterol, Triacylglycerole, CRP, and Body Weight Compared with Sucrose. The Scientific World Journal; 8: 463-469, 2008.
BAHRAMI, M.; ATAIE-JAFARI, A.; HOSSEINI, S.; et al. Effects of natural honey consumption in diabetic patients: an 8-week randomized clinical trial. Int J Food Sci Nutr; 60(7): 618-626, 2009.
NEMOSECK, T.M.; CARMODY, E.G.; FURCHNER-EVANSON, A.; et al. Honey promotes lower weight gain, adiposity, and triglycerides than sucrose in rats. Nutr Res; 31(1): 55-56, 2011.
CORTÉS, M.E.; VIGIL, P.; MONTENEGRO, G. The medicinal value of honey: a review on its benefits to human health, with a special focus on its effects on glycemic regulation. Cien Inv Agr; 38(2): 303-317, 2011.
AJIBOLA, A.; CHAMUNORWA, J.P.; ERLWANGER, K.H.; et al. Nutraceutical values of natural honey and its contribution to human health and wealth. Nutr Metab; 9:61, 2012.