quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Você é atleta? Gostaria de Participar?


Acompanhe o boletim do CSA



Em 2014, a sociedade amadureceu em relação à busca de uma alimentação mais saudável, produzida de forma ecológica e distribuída com justiça sócio-econômica. No entanto, como revela o recém-lançado Relatório dos Direitos Humanos no Brasil 2014, ainda há transformações urgentes que precisam ocorrer em 2015. Vamos juntos nutrir as boas mudanças?



Renova-se a esperança de uma sociedade baseada na agroecologia
Por Susana Prizendt

Ao longo desse ano, a consciência e o reconhecimento de que é necessário reestruturar nosso sistema de produção e consumo de alimentos se expandiram sensivelmente. Organizações internacionais importantes, como a própria ONU/FAO, se manifestaram para mobilizar os governos e a sociedade civil em direção ao cultivo de base agroecológica, rompendo com as ideias que sustentam o atual modelo, baseado em monoculturas e alta densidade no uso de agrotóxicos.
No mês em que representantes de diversos países se reuniram na 20ª Conferência das Partes (COP 20) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que aconteceu em Lima, no Peru, cientistas especializados no tema, como Kirtana Chandrasekaran e Martín Drago, coordenadores do programa de Soberania Alimentar da Amigos da Terra Internacional, publicaram um artigo, divulgado pelo portal Envolverde/IPS, em que afirmam:
"Para erradicar a fome é imprescindível aumentar a renda dos setores empobrecidos e contribuir para que os produtores de alimentos em pequena escala possam manter seu modo de vida, para se alimentarem e alimentarem o mundo de forma sustentável".
No Brasil, a publicação do novo Guia Alimentar, contendo recomendações para que as pessoas dêem preferência aos alimentos in natura ou preparados em casa, seguindo as características regionais, demonstra como nosso país está acompanhando o mundo no percurso rumo à agroecologia.
Programas que incentivam a produção de base agroecológica ganharam espaço em meio ao ainda forte domínio do modelo baseado na concentração de renda e no uso de substâncias tóxicas que caracterizam o agronegócio.
Mas, se alguns passos importantes já estão sendo dados, eles ainda são tímidos frente a urgente necessidade de revermos nossos pilares no setor agroalimentar.
A gravíssima crise hídrica, que assola boa parte do país, possui suas origens na forma destrutiva como os seres humanos se relacionam com a natureza e dela extraem seus alimentos.
O recém-lançado Relatório dos Direitos Humanos no Brasil 2014 contém artigos que abordam esse tema e trazem mais luz sobre o caminho que precisamos seguir para conquistar um reequilíbrio.
Nós, agentes dedicados ao processo da mudança agroecológica, convidamos a todos para virem semear conosco nesse novo ano que em breve se iniciará. Que nossas sementes possam crescer repletas de vitalidade e nutrir com harmonia e solidariedade todos os seres humanos.
Viva 2015!

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O Envenenamento da Infância



Susana Salomão Prizendt

O fato de nosso país ser o campeão mundial na utilização de agrotóxicos para a produção de alimentos já começou a ser divulgado há alguns anos. Mas essa divulgação não apenas não chegou à grande mídia (e, portanto à população em geral), como ainda não provocou as mudanças intensas no modelo produtivo que são necessárias para garantir a segurança alimentar dos brasileiros.
Se cerca de 20 % dos pesticidas fabricados no mundo são despejados em nosso país,totalizando cerca de um bilhão de litros ao ano e 5,2 litros por brasileiro (Panorama do Mercado de Agrotóxicos no Brasil, Anvisa, abril 12, 2012), podemos falar que estamos sendo cobaias humanas na absorção de uma alta quantidade de substâncias químicas produzidas para eliminar a vida. E como não detemos apenas o recorde quantitativo, mas mantemos em uso os pesticidas mais perigosos, já proibidos na maior parte do mundo por causarem danos à saúde, também podemos afirmar que estamos sendo submetidos a uma combinação de substâncias mais perigosas do que as substâncias do mesmo tipo que outras populações estão absorvendo.
Para um adulto uma exposição como essa é extremamente danosa, com conseqüências a curto, médio e longo prazo conforme a dosagem e a composição. Há vários estudos científicos que respaldam essa tese e explicam quais são os principais danos causados aos diversos órgãos do corpo humano. No entanto, quando essa mesma exposição ocorre sobre seres que ainda não estão completamente formados, as conseqüências são ainda mais dramáticas.
O que podemos esperar de seres ainda em gestação no útero materno, bebês e crianças, quando os submetemos a uma dose alta e variada de agrotóxicos? Para responder essa questão, já existem não apenas estudos para serem analisados, mas também fatos reais para serem acompanhados. Eles ocorrem no dia-a-dia de uma parte dessa população brasileira que mal iniciou a vida e já está tendo sua rotina alterada de forma drástica, percorrendo hospitais e tendo que ingerir remédios ao invés de brincar ou ir à escola. 
No seminário Os Agrotóxicos, seus Impactos na Saúde e as Alternativas Agroecológicas no Município de São Paulo, realizado em 15 de abril de 2013 na Câmara de Vereadores dessa cidade, houve um debate extenso sobre o tema da alimentação infantil, estimulado pela tramitação na Casa de um Projeto de Lei que propunha que 30% da merenda escolar municipal fossem necessariamente constituídos por produtos orgânicos.
O evento foi uma iniciativa do comitê paulista da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e daFrente Parlamentar Municipal Pela Sustentabilidade(presidida pelo vereador Ricardo Young), em parceria com movimentos sociais que atuam no setor e teve como base para as discussões dos impactos dos agrotóxicos na saúde humana as apresentações realizadas pelas doutoras Silvia Brandalise, oncohematologista pediátrica, diretora do Hospital Infantil Boldrini,e Karen Friedrich, toxicologista do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz.
O conteúdo abordado pelas duas médicas baseou-se em suas pesquisas acadêmicas e, no caso da Dra Silvia, em sua experiência no atendimento de crianças atingidas pelos diversos tipos de câncer.
A partir do conjunto das apresentações realizadas, foi possível explicitar o processo que ocorre quando os agrotóxicos entram no organismo humano. Algumas das substâncias que compõem suas fórmulas promovem uma ação patogênica caracterizada por gerar
“eventos moleculares e celulares, com aberrações cromossômicas, estresse oxidativo, distúrbios de sinalização celular ou mutações que podem estar associadas a maior risco de câncer” (Infante-River C.J..ToxicolEnviron Health B CritVer 2007, 10:88-99, Agopian J. et al. J. Exp. Med. 2009, 2006:1473-83 , Lafiura K.M. et al. PediatricBloodCancer, 2007; 49:624-8).
Na infância o câncer tem seu desenvolvimento potencializado por um conjunto de fatores como: Infecções, Uso de hormônios na gravidez, Alterações genéticas, Exposição a derivados de benzeno e Contaminação com metais pesados.  A esse conjunto multifatorial é que se soma a ação dos pesticidas. Entre as doenças oncológicas e hematológicas que eles favorecem estão: aplasia de medula óssea , câncer , citopenias isoladas ou combinadas e mielodisplasia (Perera F et al. Ann. NY AcadSci. 2006; 1076:15-28).
Doutora Silvia Brandalise, em sua explanação no seminário já mencionado, apresentou um estudo chamado Exposição a pesticidas e risco de câncer da criança: uma meta-análise de estudos epidemiológicos recentesem que demonstra “Associação significativamente positiva entre a exposição a inseticidas, herbicidas e fungicidas com a ocorrência de:
leucemias, linfomas, tumor cerebral, sarcoma de ewing, neuroblastoma, tumores germinativos, tumor de wilms” (Vinson F et al. Occup. Environ. Med. 2011; 68:694-702 doi:10.1136/olmed2011-100082) sendo “ O período pré-natal o mais crítico quanto a exposição aos pesticidas, tanto a exposição paterna quanto a materna a esses produtos, pode estar associada com a ocorrência de diferentes tipos de câncer na criança... Fetos, neonatos e crianças são mais vulneráveis aos efeitos dos poluentes ambientais, com muitas vias de exposição (placenta, leite materno, pele, trato digestivo e vias respiratórias” (Vinson F et al. Occup. Environ. Med. 2011; 68: 694-702).
Um fator que mereceu atenção especial no estudo foi a relação entre aexposição a inseticidas residenciais e herbicidas durante a pré-concepção, a gravidez e a infância, e o desenvolvimento de leucemia nas crianças, mostrando dados em que estão positivamente associadas. (Turner MC et al. Health Perspect 118:33-46http://dx.doi.org/Online 29 july2009, Van Maele-Fabry, G et al. EnvironIntern 2011; 37:280-291)
E o que podemos esperar se já há provas de que o principal alimento dos seres humanos logo após virem ao mundo (época mais sensível aos riscos representados pelos contatos com agrotóxicos, como mencionado no estudo), o leite materno, demonstra estar contaminado com essas substâncias?
Sim, nossos lactentes já começam a ser intoxicados por via oral através da ingestão do próprio alimento fornecido diretamente do seio materno, considerado o mais adequado e completo para os primeiros meses de vida.
Dois estudos feitos nos últimos anos por pesquisadoras de universidades brasileirasanalisam essa contaminação, são eles: “Leite de mães brasileiras contaminado porbifenilaspolicloradas(PCB)” -Cláudia Hoffmann Kowalski, Unicamp , 2009,carmo@reitoria.unicamp.bre “Leite de mães de Lucas do Rio Verde (MT) contaminado por pesticidas DDE, β-endossulfam, DDT”- Danielly Cristina de Andrade Palma , Universidade Federal de Mato Grosso, 2011.
Algumas das conseqüências dessa contaminação podem ser encontradas em um estudo sobre o aumento da incidência do câncer em crianças(0 – 14 anos de idade), publicado pela WHO / IARC Biennal Report 2002/2003.
Ele revela que nas décadas de 70, 80 e 90, ocorreram aumentos contínuos de leucemias, linfomas e carcinomas nessa faixa etária, acompanhando o aumento do uso e do contato com essas substâncias, seja por via respiratória, oral ou através da pele.  E foi com base nesse e em outros estudos no setor, que a Doutora Silvia Brandalise concluiu sua apresentação, demonstrando que “a exposição ambiental e alimentar aos fungicidas, inseticidas e herbicidas, associada a outros poluentes químicos, como metais pesados, radiação natural e não natural, além de vírus (HPV, HIV, EB), está positivamente associada ao desenvolvimento de doenças das crianças”, sendo que “fatores relacionados à idade dos pais, uso de drogas durante a gravidez, peso ao nascimento, hábitos sociais e culturais, doenças genéticas congênitas, representam coadjuvantes na gênese das malformações e câncer da criança”.
Se o INCA, Instituto Nacional do Câncer,estima que em nosso país devem ocorrer ao redor de um milhão de novos casos de câncer por ano;que boa parte deles são causados pela ação de agrotóxicos eque “a população rural constitui o grupo populacional mais diretamente exposto, muitas vezes desde a infância”,como destacado no documento “Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho”www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/diretrizes_cancer_ocupa.pdf); podemos nos perguntar quantos desses casos previstos ocorrerão em crianças?
E se, segundo o mesmo órgão institucional, “os médicos poderão salvar 40% dos pacientes, se diagnosticados com tempo”; podemos igualmente indagar quantos dos 60% que não irão ser curados serão meninos e meninas, privados da oportunidade de desfrutarem de suas vidas de modo tão precoce e doloroso?
Mas, embora seja um problema muito grave constatarmos um maior número de casos de câncer em crianças, ele não é o único quando se trata de identificar as influências danosas dos agrotóxicos no organismo infantil. Um problema cada vez mais noticiado em relação à infância das novas gerações é a epidemia de obesidade que vai se alastrando pelo mundo, junto com as mudanças na dieta alimentar das populações de seus países.
Os produtos industrializados, altamente calóricos, com grandes quantidades de açúcar, gordura e sabores artificiais que “viciam” o paladar humano, desenvolvidos pelas indústrias multinacionais do setor alimentício, já são responsabilizados pelo crescente aumento de peso em todas as faixas etárias de nossa sociedade de consumo. A publicidade infantil é debatida atualmente por governos, instituições de pesquisa e organizações sociais, já que promove um estímulo intenso aos indivíduos para que consumam alimentos altamente industrializados. Esse estímulo é mais questionável quando direcionado ao público infantil, que ainda não tem capacidade suficiente de analisar com consciência crítica uma propaganda e tende a ser facilmente manipulável.
Mas além desses “vilões” da obesidade mais difundidos como os salgadinhos e refrigerantes, há outros responsáveis pela atual epidemia que tanto está sobrecarregando o sistema de saúde de países de diferentes regiões do planeta.
O jornal New York Times trouxe, no início desseano,uma extensae bem fundamentada reportagem sobre a ligação entre agrotóxicos e obesidade. De acordo com a matéria do jornalista Nicholas D. Kristof, pesquisas recentes com experimentos científicos sérios, revisados por diversos cientistas, revelaram que agrotóxicos podem se comportar como desreguladores endócrinos1.
Os desreguladoresou disruptoresendócrinos são substâncias químicas que imitam os hormônios e, portanto, confundem o corpo humano. Já se sabia de suas ligações com o câncer e as malformações dos órgãos sexuais, mas uma nova área de pesquisa vem apontando o impacto que eles têm sobre o armazenamento de gordura.
É o caso de um estudo de outubro de 20122que apontou o ‘triflumizol’, fungicida utilizado em culturas de muitos alimentos, como vegetais de folhas verdes, como agente do desenvolvimento da obesidade em ratos.
Esse, entretanto, não é o primeiro estudo a associar agrotóxico com obesidade. Em 2010 já havia sido realizada uma pesquisa, na Espanha, com 500 mulheres a partir de seu primeiro trimestre de gravidez. Os resultados assinalaram que mulheres com resíduos de agrotóxicos (DDT, DDE e hexaclorobenzeno) em seu sangue, geraram bebês mais propensos a se tornarem obesos ao atingirem 14 meses de idade3.
Nos EUA, o papel desses agentes químicos foi reconhecido pela força-tarefa presidencial sobre obesidade infantil, e os Institutos Nacionais de Saúde tornaram-se importantes financiadores de investigação sobre as relações entre os disruptores endócrinos e a promoção da obesidade e dodiabetes.
Aqui, no Brasil, iniciativas e empenhos semelhantes a esses se tornam cada vez mais necessários. Principalmente quando analisamos as mais recentes estatísticas de vendas de agrotóxicos em nosso País: somos campeões mundiais no uso de agrotóxicos desde 20094, posição que vem sendo mantida desde então. Além do mais, as vendas de agrotóxico nos cinco primeiros meses deste ano registraram um aumento de 28,3 % em relação ao mesmo período de 20125, impulsionadas pelas culturas de soja, milho e feijão. São R$ 4,82 bilhões!
O conjunto de danos à saúde que os venenos usados no cultivo de alimentos desencadeia é amplo e inclui problemas que já atingem proporções responsáveis por uma piora na qualidade de vida de muitas comunidades, especialmente quando nos detemos na análise das novas gerações, cobaias de uma mistura de substâncias químicas em seu organismo em quantidade e variedade ímpar na sociedade humana até então. O que será dessas crianças quando se tornarem adultos, se já na infância sofrem de problemas como hipertensão, diabetes, danos neurológicos e até câncer, problemas antes encontrados em pessoas de meia-idade?
Com o atual sistema de cultivo, processamento e venda (estimulada pela ação publicitária) de alimentos repletos de substâncias tóxicas, cuja cadeia é inteiramente controlada por grandes empresas transnacionais, podemos perceber que as novas gerações definitivamente não têm como assegurar seu direito à saúde.
Quando refletimos sobre esses dados, percebemos o quanto as crianças que- inocentemente brincam nas proximidades das lavouras - em que ocorrem as pulverizações, cada vez mais intensas - estão sujeitas ao desenvolvimento de sérios problemas de saúde.
Um caso que ganhou repercussão nacional, no ano de 2013, e demonstra o altíssimo nível de irresponsabilidade na utilização de agrotóxicos em grandes plantações, envolveu justamente uma escola e seus pequenos alunos, moradores da zona rural do município de Rio Verde, no sudoeste goiano.
   Um avião, contratado para pulverizar uma fazenda de soja, sobrevoava a região de modo muito próximo ao solo. E, ao despejar a nuvem química sobre o campo, atingiu os locais em que 122 alunos da Escola Municipal São José do Pontal faziam atividades, provocando, imediatamente, reações adversas em seus organismos. Vomitando e sentido tonturas e fortes dores de cabeça (o que é comum em casos de intoxicação, segundo o SAMU),essas crianças foram socorridas por equipes médicas despreparadas, pois foram liberadas em cerca de duas horas - sendo necessária a intervenção da polícia para garantir o período mínimo de observação recomendado que éde 48 horas - e receberam soro fisiológico, procedimentos incorretos para esses casosde acordo com Murilo Souza, professor da universidade de Goiás e colaborador do Dossiê Abrasco sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde no Brasil. Após se recuperarem dos sintomas agudos decorrentes da intoxicação sofrida, deram depoimentos dramáticos sobre a experiência que vivenciaram.
   É possível ouvir essas vozes assustadas no documentário “Pontal de Buriti- brincando na chuva de veneno”, realizado com apoio do comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida em Goiás e disponível na Internet. São narrativas que mostram o choque dos meninos e meninas ao verem a aventura da aproximação do aviãozinho (que aos seus olhos seria como um grande brinquedo) transformar-se em drama devido às agressões que as substâncias tão tóxicas, despejadas por ele, desencadearamem seus corpos frágeis.
   Mais do que qualquer estudo científico, esse tipo de depoimento tem o poder de nos dar a dimensão do absurdo que nossa sociedade está cometendo ao manter um modelo de produção de alimentos em que impera o uso de substâncias tão danosas a esses seres humanos em desenvolvimento. Que ao menos as falas sinceras e claras dessas pequenas vítimas nos ajudem a tomar as medidas tão necessárias para fazer valer no Brasil o direito a uma infância saudável, abastecida com alimentos seguros e nutritivos e longe do sofrimento vivenciado em hospitais, com tratamentos agressivos como os que são submetidos os pacientes com doenças graves como o câncer.
           

1 “WarningsFrom a Flabby Mouse” (Avisos de um ratoflácido) – New York Times 20.01.2013 .Também disponível na versão electronica do jornal no site http://www.nytimes.com/2013/01/20/opinion/sunday/kristof-warnings-from-a-flabby-mouse.html?_r=3& (acessado em 22/09/2013)
2Xia Li, Hang T. Pham, Amanda S. Janesick e Bruce Blumberg- “Triflumizoleisanobesogen in micethatactsthroughPeroxisomeProliferatorActivated Receptor Gama” disponívelna Internet:www.ehp.niehs. nih.gov/wp-content/uploads/2012/10/ehp.1205383.pdf-site acessado em 22.09.2013
3MAMendez, et al. Exposição pré-natal composto organoclorado, rápido ganho de peso e excesso de peso na infância. Environmental Health Perspectives, 2010. doi: 10.1289/ehp.1002169
4Em 2009 o Brasil já tinha ultrapassado os EUA e havia se tornado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Agora, o sindicato das empresas de agroquímicos confirma o posto e um novo recorde. O meio ambiente brasileiro recebeu mais de 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em 2009. Mais de 22 kg por hectare de lavoura. Ou ainda, 5,2Kg por brasileiro (http://pratoslimpos.org.br/?m=201005&paged=2acessado em 26 de setembro de 2013)

5 Brasil, Ministério da Agricultura. Mercado de Defensivos: câmara temática de insumos agropecuários. Brasília, jan./maio 2013. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/arq editor/ file/camaras_tematicas/insumos_agropecurarios/68RO/App_Defensivo _insumos.pdf> Acesso em 25 jun. 2013


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Suco de Cereja para ciclistas!



Benefícios do suco de cereja em ciclistas

A prática de atividade física com exercícios com alta intensidade e elevado volume associada a desequilíbrios nutricionais pode causar, de forma transitória, inflamação e estresse oxidativo de forma exacerbada, prejudicando o rendimento e desempenho do atleta, já que pode aumentar o risco de infecções do trato respiratório, dor e até lesão muscular.
As frutas vermelhas são as queridinhas da equipe de nutricionistas da VP e a cereja também merece destaque. Seu suco já foi associado com efeitos benéficos em maratonistas e atletas que praticam levantamento de peso.
O consumo de 30ml de um suco de cereja concentrado durante 7 dias por ciclistas treinados foi capaz de modular os níveis de marcadores do estresse oxidativo e da inflamação após a realização de uma série de ciclismo de alta intensidade prolongada (para simular a demanda das grades corridas). Os pesquisadores do Reino Unido observaram uma redução de até 30% nos marcadores do estresse oxidativo, conforme dados publicados na Nutrients; 6(2): 829-843, 2014.
As frutas vermelhas devem fazer parte de um cardápio equilibrado e individualizado – mas para saber como e quando, consulte seu nutricionista funcional.
#nutriçãofuncional #nutrição #frutasvermelhas #berries #cereja #suco#exercíciofísico #ciclismo #ciclistas

Dormir pouco contribui para o envelhecimento do cérebro?

Uma ótima qualidade do sono é essencial para contribuir com a manutenção da saúde, além de ter um potente efeito antienvelhecimento. Além disso, uma boa noite de sono é considerada a guardiã do cérebro, já que permite reparar e restaurar as funções cerebrais. Por outro lado, um padrão inadequado de sono tem sido associado com a prevalência de obesidade, dislipidemia e diabetes.
Pesquisadores do Reino Unido observaram que alterações no padrão do sono como dificuldade em pegar no sono ou em manter o sono durante toda a noite estão associadas com acelerada redução do volume cerebral. Não se sabe ainda se a baixa qualidade do sono é causa ou consequência das mudanças na estrutura cerebral. O estudo foi na edição virtual de setembro da revista Neurology. Uma boa noite de sono é reparadora em todos os aspectos – assim, comente com sua nutricionista funcional se você tem alterações no padrão do sono, já que diversos alimentos e nutrientes podem contribuir para isso, enquanto que determinados padrões alimentares podem prejudicar seu sono!!!
#nutriçãofuncional #nutrição #sono #dieta#envelhecimentocerebral

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CONSUMO DE UVAS E OSTEOARTRITE?



CONSUMO DE UVA & OSTEOARTRITE

As uvas de coloração arroxeadas têm boas concentrações de antioxidantes, anti-inflamatórios e resveratrol e seus subprodutos contribuem de forma significativa com a sua ingestão diária. A osteoartrite é caracterizada por um desgaste das articulações, corrigido muitas vezes com cirurgia invasiva. Pesquisadores do Texas selecionaram homens e mulheres com osteoartrite no joelho para avaliar os efeitos do consumo de uvas desidratadas em pó ou placebo na dor. Após o consumo do suplemento, foi observada uma redução no relato da dor, além de melhoras em sintomas como flexibilidade e mobilidade, principalmente nas mulheres, atribuídas ao teor de polifenóis. Além disso foi observado um aumento na capacidade de realizar atividades complexas nas mulheres com idade superior a 64 anos.
Temos então mais um alimento que deve ser incluído na dieta diária saudável – mas para saber como e quanto, lembre-se de consultar seu nutricionista funcional.

#nutrição #nutriçãofuncional #uvas #polifenóis#resveratrol #osteoartrite


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Papel do CONSEA é citado em plenária do Comitê Mundial

Por José Maria Filho - Jornalista
         O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) foi destacado na última sexta-feira, durante a 41ª Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar Mundial, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, na Itália.
         Em intervenção da representação brasileira no colegiado, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcelo Cardona, destacou o papel do Consea como um dos itens da experiência brasileira em segurança alimentar e nutricional.
         O Consea é a instância que possibilita a efetiva participação social na definição das políticas para esta área no Brasil, destacou o secretário. Cardona fazia referência ao relatório da FAO acerca do estado de insegurança alimentar no mundo em 2014. No documento, o Brasil pela primeira vez figura entre os países com muito baixa subalimentação, um índice menor que 5%.
         Esta condição somente foi alcançada a partir de uma decisão política do presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff em priorizar a estratégia de combate à fome e redução de desigualdades em curso nestes últimos 12 anos, disse ele.
Segundo o secretário, o relatório da FAO confirma o que alguns estudos já apontavam como o Relatório para o Desenvolvimento Humano 2014, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, do próprio governo brasileiro.
Cardona destacou a Estratégia Fome Zero, implementada em 2003 pelo então Ministro José Graziano da Silva (hoje diretor-geral da FAO), a sanção da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional em 2006, a inclusão na Constituição Federal da alimentação como direito humano em 2010, a criação do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a recriação do Consea, ocorrida em 2003.
Entre as ações que contribuíram para que o Brasil saísse do mapa da fome, Cardona destacou o aumento de renda dos mais pobres, especialmente com a geração de 21 milhões de empregos formais no período, o crescimento real de 71% do valor do salário mínimo, o atendimento de mais de 43 milhões de crianças e jovens com alimentação escolar e a cobertura de mais de 14 milhões de famílias mensalmente no Programa Bolsa Família - equivalente a mais de 50 milhões de brasileiros.
O  secretário também participou o encontro denominado Estratégias Nacionais para a Erradicação da Fome, Pobreza e Má-Nutrição na América Latina, evento paralelo promovido pelo governo brasileiro. Na oportunidade, Cardona disse que, apesar dos avanços, o Brasil ainda precisa avançar em questões relacionadas a segmentos mais vulneráveis.
Depois de ter reduzido a desnutrição e a subalimentação, o trabalho do Brasil continua, principalmente entre os grupos específicos, como os indígenas, os povos e comunidades tradicionais e a população em situação de rua, [segmentos] que estão mais expostos à subnutrição, afirmou ele, lembrando que o país vai investir em estratégias específicas.
Fonte: Ascom/Consea, com informações do MDS e MRE.


IDEC apoia Convenção Global para proteger e promover a alimentação saudável





Por José Maria Filho- Jornalista

          A carta enviada à OMS e FAO  pede maior proteção e promoção da alimentação saudável. O documento tem o apoio de mais de 320 especialistas e organizações da sociedade civil – IDEC é um deles.
           De 19 a 21 de novembro, os governantes de todo o mundo se reuniram  em Roma, na Itália, para a 2ª Conferência Mundial de Nutrição (ICN2), que tem como objetivo abordar a má nutrição em todas as suas formas. Aproveitando o evento, a Consumers International, organização mundial de consumidores, da qual o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) fez parte, apresentou uma carta aberta pedindo um tratado vinculativo para proteger e promover a alimentação saudável. Esse documento já foi direcionado para os diretores da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

          Esta carta que tem o apoio de mais de 320 especialistas e organizações da sociedade civil solicita maior ação para proteger e promover dietas saudáveis, usando um mecanismo similar ao da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que já provou ser bem sucedida em reduzir o uso do tabaco. A carta é dirigida à Diretora-Geral da OMS, Margaret Chan, e ao Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva, que estão à frente da Conferência Internacional sobre Nutrição.
         O texto afirma que "a governança da produção e distribuição de alimentos não pode ser deixado aos interesses econômicos por si só", e insta os governos a tomar medidas regulatórias para reduzir a exposição das crianças ao marketing, para impor limites de composição da gordura saturada, teor de açúcar e de sódio adicionados aos alimentos, para estabelecer medidas fiscais para desencorajar o consumo de alimentos não saudáveis, e exigir que todas as políticas de comércio e de investimento devam ser avaliadas pelos seus impactos potenciais à saúde.
        “O Idec apoia o estabelecimento de uma Convenção-Quadro para promover e proteger a alimentação saudável, inclusive já cobrou o governo brasileiro para apoiar essa política global. Esperamos que os governantes reunidos na ICN2 discutam e aprovem essa proposta, que será fundamental para o enfrentamento das doenças crônicas no mundo todo”, afirma Ana Paula Bortoletto,nutricionista do IDEC.
Versão da carta traduzida:
Carta Aberta a Margaret Chan e José Graziano da Silva na Segunda Conferência Internacional Sobre Nutrição (ICN2)
         Esta semana (19 a 21 de Novembro) os ministros da saúde de todas as regiões do mundo se reúnem em Roma para a Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição (ICN2), convocada conjuntamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO). A primeira versão do documento político para a ICN2 declara uma "década de nutrição", com o objetivo de acabar com a má nutrição em todas as suas formas.

        Desde 1980, a prevalência de obesidade em todo o mundo quase dobrou e incidência de diabetes tipo 2 tem aumentado com dietas pouco saudáveis, o maior contribuinte para a carga global de DCNT.

         A governança da produção e distribuição de alimentos não pode ser deixada para os interesses econômicos. Para conseguir as melhorias necessárias na dieta e para garantir a boa saúde da população, um conjunto de opções políticas para a saúde e dietas são obrigatórios. Isto inclui governos a tomar abordagens regulatórias para o funcionamento do mercado através, por exemplo, de restrições à comercialização para as crianças, às alegações de saúde, de limites sobre a quantidade de gordura saturada, açúcar e sódio adicionados aos alimentos, remoção de gorduras trans artificiais, rotulagem interpretativa na frente da embalagem, informação de calorias em restaurantes, medidas fiscais e incentivos financeiros, e as avaliações de impacto na saúde das políticas de comércio e investimento.

        Para realizar o objetivo ICN2 para 'acabar com a má nutrição em todas as suas formas’ apelamos aos Estados membros a apoiar o desenvolvimento de um tratado vinculativo para garantir sistemas alimentares saudáveis, equitativos e sustentáveis. É possível usar como exemplo a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que já provou ser bem sucedida em reduzir o uso do tabaco. Uma proposta de Convenção Global para proteger e promover a alimentação saudável foi elaborada e está aberta para discussão.

        Combater os fatores de risco relacionados com a alimentação e nutrição exigirá coragem política. A Convenção Global pode ajudar os Estados membros, particularmente as nações menores, para manter uma defesa robusta de saúde pública para os seus cidadãos.

Saiba mais:




Ministério da Saúde lança novo Guia Alimentar para a População Brasileira e diferencia alimentos de produtos alimentícios


Por: José Maria Filho - Jornalista
CNS recebe o lançamento do Guia Alimentar para a População Brasileira.
Foto: Rafael Bicalho - ASCOM/CNS




A publicação é mais um instrumento para combater a obesidade e o avanço das doenças crônicas no Brasil. Mais da metade da população brasileira está acima do peso.
O Ministério da Saúde lançou no último dia 5 de novembro em Brasília  o novo Guia Alimentar para a População Brasileira. A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes). O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional de Saúde, em Brasília.
A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o país, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer. Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.
“Mais do que um instrumento de educação alimentar e nutricional, o guia se insere dentro da estratégia global de promoção da saúde e do enfrentamento e do excesso de peso, que já atinge mais da metade da população brasileira. A carga de doença associada à obesidade é imensa. Para sair da agenda da doença, precisamos trabalhar pela melhoria da alimentação e incentivar a prática de hábitos saudáveis. Não estamos proibindo nada, mas temos recomendações claras de qual alimento priorizar”, destaca o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006 - quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%. 
Redigido em linguagem acessível, o Guia Alimentar se dirige às famílias diretamente e, também, a profissionais de saúde, educadores, agentes comunitários e outros trabalhadores cujo ofício envolve a promoção da saúde da população. A versão impressa do documento, com 151 páginas ilustradas, será distribuída às unidades de saúde de todo o país, e a versão digital estará disponível no portal do Ministério da Saúde.
O Guia orienta as pessoas a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação em redes de fast food e produtos prontos que dispensam preparação culinária (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas). Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas), utilizando-os, preferencialmente, como ingredientes ou parte de refeições. Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.
Destaque especial é dado também às circunstâncias que envolvem o ato de comer, aconselhando-se regularidade de horário, ambientes apropriados e, sempre que possível companhia. O ideal é desfrutar a alimentação, evitar a refeição assistindo à televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais.
PREPARAÇÃO DO ALIMENTO - O novo guia também busca valorizar a culinária, e indica o planejamento das refeições e interação social, com o envolvimento de amigos e família na elaboração da comida. “No Brasil e em muitos outros países, a transmissão de habilidades culinárias entre gerações vem perdendo força”, admite a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e responsável pela coordenação geral do projeto de elaboração do Guia Alimentar, Patrícia Jaime. “Por isso, o Guia Alimentar dedica uma parte importante de suas recomendações à valorização do ato de cozinhar, ao envolvimento de homens e mulheres, adultos e crianças nas atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições e à defesa das tradições culinárias como patrimônio cultural da sociedade”, enfatiza.
AMBIENTE SUSTENTÁVEL - O Guia Alimentar foi produzido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde e substitui a versão anterior de 2006. O processo de elaboração envolveu profissionais de saúde, educadores e representantes de organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil. A conclusão contou ainda com o resultado de uma consulta pública que envolveu 436 participantes e recebeu 3.125 comentários e sugestões.
O novo guia dá grande importância às formas pelas quais os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aqueles cuja produção e distribuição seja socialmente e ambientalmente sustentável como os alimentos orgânicos e de base agroecológica.

Conheça os dez passos para uma Alimentação Adequada e Saudável:
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
Limitar o consumo de alimentos processados;
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia ;
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais;

Saiba quais são os diferentes tipos de alimentos:

Alimentos in natura: essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.
Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.
Alimentos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.
Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.
 O Guia Alimentar está disponível na versão eletrônica no linK:
Fonte: Ascom/MS


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Contaminação por agrotóxicos é acentuada também nas abobrinhas!



Elas lideram a lista de alimentos com agrotóxicos acima do limite

Por: José Maria Filho - Jornalista
Enviado por jorge em 17 novembro, 2014 - 12:52
Além da abobrinha, entre os alimentos sob avaliação estão o feijão, fubá de milho, tomate, alface e uva. Do total de amostras coletadas em supermercados e feiras, 25% apresentaram irregularidades
Amostras de abobrinha analisadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) apontaram que o alimento é campeão em quantidade de agrotóxicos acima do limite permitido. A situação é preocupante, já que em 45% das unidades foram encontrados resíduos de ingredientes ativos não autorizados.
Além da abobrinha, entre os alimentos sob avaliação estão o feijão, fubá de milho, tomate, alface e uva. Do total de amostras coletadas em supermercados e feiras, 25% apresentaram irregularidades. Os testes abrangeram todos os estados brasileiros.
Os técnicos da ANVISA descobriram que 1,9% dos alimentos têm uma quantidade de agrotóxico acima do limite. Em 23% foram encontrados resíduos de produtos não autorizados para o cultivo da variedade.
Os dados divulgados pela ANVISA, no último dia 14, compõem a segunda parte de um levantamento iniciado em 2012. Na primeira fase, o morango apareceu com 59% de irregularidades, e o pepino com 42%.
O Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Diferentes pesquisas apontam a relação desses produtos com a saúde reprodutiva e o surgimento de diversos tipos de câncer.

Fonte: ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária