sexta-feira, 31 de julho de 2015



EFEITOS DO ESTRESSE CRÔNICO NA LONGEVIDADE


Os estudos já tem mostrado que o estresse pode alterar diversas funções metabólicas devido, principalmente, a níveis crônicos aumentados do cortisol. Dentre os efeitos desse excesso de cortisol, temos alteração da função intestinal, dores de estômago, além de aumentar o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas. Além desses efeitos já conhecidos, estudos de laboratório indicaram que a alteração em uma proteína associada a longevidade (conhecida como klotho) pode ser causada pelo estresse, levando a endurecimento das artérias e perdas óssea e muscular. Diante disso pesquisadores da Universidade da Califórnia, observaram que mulheres saudáveis com altos níveis de estresse, quando comparadas com mulheres com baixos níveis de estresse, apresentaram um declínio nos níveis dessa proteína, evidente também entre aquelas com sintomas depressivos. Assim, o controle do estresse crônico é essencial para a manutenção da saúde e redução do risco de doenças crônicas – uma alimentação saudável, individualizada e equilibrada é essencial nesse papel, já que fornece quantidades ótimas de compostos antioxidantes que atuam diretamente sobre os efeitos do estresse. Consulte seu nutricionista funcional para avaliar a capacidade antioxidante da sua alimentação, assim como para excluir aqueles alimentos que podem piorar um quadro de estresse.
#nutrição #nutriçãofuncional#vpconsultoria #congressovp #estresse#longevidade #envelhecimento#doencascronicas

terça-feira, 28 de julho de 2015



Suplementação de carboidratos no endurance
Os carboidratos são importantes fontes de energia para a prática de exercícios, principalmente de endurance como corrida e bicicleta. A taxa de oxidação máxima é de 1g por minuto – portanto 60g por hora, independente do tipo de carboidrato. Assim, o ACSM recomenda que os atletas usem entre 30 e 60g de carboidrato no exercício de endurance superior a 1 hora. É importante considerar que a oxidação do carboidrato exógeno é limitada pela absorção intestinal – a glicose usa um transportador sódio dependente (SGLT1) para absorção, que se torna saturado com um consumo de carboidratos aproximado de 60g/hora. A ingestão de glicose associada a frutose (que usa um transportador diferente) pode aumentar as taxas de oxidação. Assim, é importante sempre considerar o tipo e a quantidade de carboidratos que serão usados durante os treinos e, principalmente nas competições. Para saber exatamente o que e quanto você precisa comer para garantir sua performance, consulte seu nutricionista funcional!!! 

sexta-feira, 24 de julho de 2015



Jejum: há algum benefício à saúde?

O estado de jejum, quando prolongado, gera algumas mudanças metabólicas em nosso organismo, mediadas principalmente pelos hormônios glucagon e cortisol - “o hormônio do estresse”. Estes importantes hormônios estimulam vias de catabolismo, com o objetivo de proporcionar substrato energético para o nosso organismo durante a privação calórica. Atualmente alguns profissionais tem recomendado a prática do jejum intermitente, ou de dias alternados. Já há estudos indicando benefícios desta conduta. Porém outras pesquisas indicam que o jejum prolongado pode gerar um efeito contrário, predispondo à elevação crônica de cortisol e seus impactos negativos à saúde, que incluem aumento do ganho de peso, compulsão alimentar, disbiose intestinal e distúrbios hormonais, como os tireoidianos e do sistema reprodutor. Quer saber mais sobre este tema? Aproveite a discussão sobre o jejum conduzida pelo Dr. Gabriel de Carvalho @gabrieldecarvalho_ina, no nosso Congresso de Nutrição Clínica Funcional, que acontecerá em São Paulo entre 10 e 12 de


terça-feira, 21 de julho de 2015



         É crescente o interesse pelas células microbianas que sinergicamente, fazem parte de nosso organismo e constituem nosso microbioma. Como princípio, o microbioma é responsável por uma série de codificações genéticas que estão associadas à sobrevivência1.
         A microbiota intestinal é considerada uma parte imprescindível do microbioma humano. Desde a vida intrauterina, fatores ambientais e respostas imunológicas participam do desenvolvimento da microbiota intestinal, exercendo grande influência sobre a saúde 2.
         Neste contexto, alterações na microbiota intestinal - ou disbiose intestinal - podem aumentar o risco de doenças, como o câncer3, considerada uma das patologias mais prevalentes no mundo atual4.
         Como mecanismo, sugere-se que a inflamação - decorrente de alterações na composição da microbiota intestinal - seja um dos pontos de partida para o desenvolvimento desta doença. Neste critério, é importante ressaltar que as respostas inflamatórias que ocorrem localmente, podem ser estendidas, prejudicando as funções de outros sistemas5-7.
Além disso, é conhecido que a microbiota intestinal possui importante relação com o sistema nervoso central e, com isso, a disbiose intestinal pode interferir negativamente em sintomas como depressão, dor e fadiga 5,6.
         Com base nisso, intervenções nutricionais que priorizam a saúde intestinal são fundamentais, tanto para a prevenção do câncer, como para a melhora dos sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente8.
         Certamente, o uso de cepas probióticas é a conduta mais relatada na literatura para este objetivo. Em um estudo recente, realizado em modelo animal de câncer de pulmão, Gui et al (2015)9 mostraram que o tratamento com cepas probióticas reduziu a expressão gênica de citocinas pró-inflamatórias, que são determinantes na evolução do câncer.
         Estudos em humanos também demonstraram a efetividade dos probióticos no tratamento do câncer. Timko (2013)10, de forma randomizada, verificou que o uso de probióticos pode ser interessante durante o tratamento radioterápico, por modular a transdução gênica de parâmetros inflamatórios evidentes nesta fase.
         Outro estudo, conduzido por Zhu et al (2013)11, identificou que a administração de probióticos em pacientes diagnosticados com câncer de cólon, foi eficaz em regular respostas imunológicas e aumentar a expressão gênica de citocinas anti-inflamatórias, como a Interleucina 2 (IL-2).
         Devido à magnitude que o câncer representa na saúde pública e sua relação com o microbioma, tratamentos que priorizam a saúde intestinal tornam-se fundamentais, uma vez que refletem na integridade do intestino e dos demais órgãos.
                 
Referências Bibliográficas
1.ANNALISA, N.; ALESSIO, T.; CLAUDETTE, T.D. et al. Gut microbioma population: an indicator really sensible to any change in age. Diet, metabolic syndrome, and life-style.Mediators Inflamm; 2014.
2 ICAZA-CHÁVEZ, M.E. Gut microbiota in health and disease. Rev Gastroenterol Mex; 78(4):240-8,2013.
3. HUR, K.Y.; LEE, M.S. Gut microbiota and metabolic disorders. Diabetes Metab J; 39(3):198-203,2015.
4. SAMADDER, N.J.; SMITH, K.R.; HANSON, H. et al. Increased risk of colorectal cancer among family members of all ages, regardless of age of index case at diagnosis. Clin Gastroenterol Hepatol; 2015.
5. KELLY, D.L.; LYON, D.E.; YOON, S.L. et al. The microbiome and cancer: implications for oncology nursing science. Cancer Nurs; 2015.
6. ERDAMAN, S.E.; POUTAHIDIS, T. Gut bactéria and câncer. Biochim Biophys Acta;1856(1):86-90,2015.
7. MAN, S.M.; ZHU, Q.; ZHU, L. et al. Critical role for DNA sensor AIM2 in stem cell proliferation and cancer. Cell; 162(1):45-58,2015.
8. MONDOT, S.; De WOUTERS, T.; DORÉ, J. et al. The human gut microbiome and its dysfunctions.Dig Dis; 31(3-4):278-85,2013.
9.GUI, Q.F.; LU, H.F.; ZHANG, C.X. et al Well-balance commensal microbiota contributes to anti-cancer response in a lung cancer mouse model. Genet Mol Res; 14(2):5642-51,2015.
10. TIMKO, J. Effect of probiotics on the fecal microflora after radiotherapy: a pilot study. Indian J Pathol Microbiol; 56(1):31-5,2013.
11. ZHU, D.; CHEN, X.; WU, J. et al. Effect of perioperative intestinal probiotics on intestinal flora and immune function in patients with colorectal cancer. Nan Fang Yi Ke Da Xue Bao; 32(8):1190-3.


sexta-feira, 17 de julho de 2015





Polimorfismos genéticos, correlações clinicas e laboratoriais e modulação nutricional
Atualmente, as doenças inflamatórias e metabólicas lideram entre as mais prevalentes, sendo muitas vezes atribuídas à herança genética, que de fato exerce grande influência na evolução das patologias 1,2.
Em adição, vale ressaltar que os fatores ambientais em que estamos expostos constantemente, são determinantes para a morbidade das doenças, inclusive para a modulação genética3.
Desde o nosso desenvolvimento intrauterino, os fatores externos definem reações genéticas, que podem ser estendidas ao longo dos anos de vida4.  Como exemplo destes mecanismos, De Felice et al. (2015)5 mostraram em um estudo experimental, que a alta exposição a inseticidas organofosforados (amplamente utilizados na agropecuária), no período pré-natal, altera a expressão de genes fundamentais para o desenvolvimento neuromotor.  
         Allard et al. (2015)6 também enfatizam mecanismos epigenéticos no desenvolvimento fetal, ao demostrarem que interferências na homeostase glicídica na gestação (como a hiperglicemia), podem ser um fator de risco para obesidade no futuro. Como explicação, sugere-se que altos níveis glicêmicos modificam a expressão gênica da leptina, um hormônio importante que regula o balanço energético e apresenta-se alterado na obesidade.
         Na fase adulta, o efeito do estilo de vida sobre a genética também é relevante. Como uma amostra desta relação, Mozaffarian et al. (2015)7 identificaram que o consumo elevado de gordura trans pode predispor a uma séria de polimorfismos em genes importantes para o metabolismo lipídico, resultando em inflamação e aumento da adipogênse.
         A inflamação, por sua vez, exerce papel crucial na expressão genética de diversos compostos. Estudos mostram que produtos inflamatórios podem interferir na expressão do receptor de insulina (característico do quadro de resistência à insulina)8 e da enzima oxido nítrico sintetase9 (importante para a função endotelial), que em conjunto a obesidade e variações lipídicas, representam a síndrome metabólica10.
         Em contrapartida, bons hábitos de vida também modulam a expressão gênica de forma positiva. O consumo adequado de vitaminas e minerais, bem como de fitoquímicos e ácidos graxos insaturados, é frequentemente associado com proteção celular e expressão de compostos anti-inflamatórios 11.
         Para exemplificar o efeito da boa alimentação sobre o material genético, o zinco, mineral mais estudado nesta área, é descrito como essencial para a transdução de metalotioneínas, uma família de proteínas com propriedades antioxidantes e que estão relacionadas à redução da inflamação e senescência celular 12,13.
         Sobre os compostos bioativos, as antocianinas (presentes nas frutas vermelhas) são reconhecidas por suprimirem a expressão do PPRA-gama (receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama), o fator de transcrição mais evidente no processo de adipogênese13.
         Além da boa alimentação, a atividade física também deve ser considerada na área genética. Como um dos mecanismos, a atividade física induz o aumento da expressão de PGC 1 alfa (proteína co-ativador 1 alfa do receptor ativado por proliferador do peroxisoma), um fator essencial para biogênese mitocondrial que, por consequência, promove melhor condução da oxidação lipídica para o fornecimento de energia 14.
         Sabendo da importância dos fatores genéticos no desenvolvimento de doenças, o exame genético pode ser uma ferramenta interessante para identificar polimorfismos específicos e nos direcionar para o tratamento nutricional mais individualizado e efetivo.





Referências Bibliográficas
1-HOU, H.; WANG, C.; SUN, F. et al. Association of Interleukin-6 gene polymorphism with coronary artery disease: an update systematic review and cumulative meta-analysis. Inflamma Res; 2015
2- JIANG, Y.X.; LI, G.M.; YI, D. et al. A meta-analysis: the association between interleukin-17 pathway gene polymorphism and gastrointestinal diseases. Gene; 2015
3- SUDER, A.;JANUSZ, M.; JAGIELSKI, P. et al. Prevalence and risk factors of abdominal obesity in polish rural children. Homo; 2015.
4-TIMASHEVA, Y.; PUTKU, M.; KIVI, R. et al. Developmental programming of growth: genetic variant in GH2 gene encoding placental growth hormone contributes to adult height determination. Placenta; 34(11):995-1001,2013.
5- De FELICE, A.; SCATTONI, M.L.; RICCERI, L. et al. Prenatal exposure to a common organophosphate insecticide delays delays motor development in a mouse model of idiopathic autism. Plos One; 10(3):663, 2015.
6- ALLARD, C.; DESGAGNÉ, V.; PATENAUDE, J. et al. Mendelian randomization supports causality between maternal hyperglycemia and epigenetic regulation of leptin. Epigenetics; 10(4):342-51, 2015.
7- MOZAFFARIAN, D.; KABAGAMBE, E.K.; JOHSON, C.O. et al. Genetic loci associated with circulating phospholipid trans fatty acids: a meta-analysis of genome-wide association studies from the CHARGE Consortium. Am J Clin Nutr; 10(2):398-406, 2015.
8- PHYZAK, B.; WISNIEWSKA, A.; RYMKIEWIC- KLUCZYNSKA, B. The influence of polymorphism the Gly972Arg variant insulin receptor substrate-1 (IRS-1) gene, and G-308A TNF-alpha gene on obesity and insulin resistance in children with obesity. Endokrynol Diabetol Chor Przemiany Materii Wieku Rozw; 12(3):175-8,2006.
9- BURGHARDT, K.; GROVE, T.; ELLINGROD, V. Endothelial nitric oxide synthetase genetic variants, metabolic syndrome and endothelial function in schizophrenia. J Phychopharmacol; 28(4):349-56,2014.
10- ESTECHA-GONZÁLEZ, M.; BODAS-PINEDO, A.; GUILLÉN-PÉREZ, J.J. et al. Methylmercury exposure in the general population, toxic kinetics, differences by gender, nutritional and genetic factors. Nutr Hosp; 30(5):969-88, 2014.
11-KOURY, J.C.; DONANGELO, C.M. Zinco, estresse oxidative e atividade física. Rev. Nutr; 16(4):433-441,2003.
12-MOCCHEGIANI, E.; ZINCAGE, C. Zinc, metallothioneins, longevity: effect of zinc supplementation on antioxidante response: a zincage study. Rejuvenation Res; 11(2):419-23,2008.

13- KIM, H.K.; KIM, J.N.; HAN, S.N. et al. Black soybean anthocyanins inhibit adipocyte differentiation in 3R3-L1 cells. Nutr Res; 32(10):770-7,2012.

14- WEN, X.; WU, J.; CHANG, J.S. et al. Effects of exercise intensity on isoform-specific expressions of NT-PGC-1 alfa mRNA in mouse skeletal muscle. Biomed Res Int; 2014.

terça-feira, 14 de julho de 2015


         Comprovações que acercam os benefícios dos probióticos são bem estabelecidas na literatura atual. Primeiramente, os probióticos foram estudados com o objetivo de elucidar suas ações no trato gastrointestinal e, atualmente, sabe-se que seus efeitos positivos podem ser refletidos em outros órgãos e sistemas 1,2.
Assim, o uso de probióticos tem sido relacionado com a melhora de diversas condições patológicas, como as doenças cardiovasculares3, alterações neurológicas4, alergias e reações imunológicas5, entre outras 6,7.
Na área esportiva, os probióticos também ganham destaque. É conhecido que certas modalidades esportivas (principalmente as de longa duração e alta intensidade) estão associadas a sintomas intestinais como náuseas, vômito e diarréia, sendo estes sinais acompanhados de alterações na permeabilidade intestinal8.
De forma benéfica, os probióticos atuam no intestino, modulando o microbioma local. Com a redução de populações patogênicas (que são responsáveis pelo aumento da expressão de citocinas pró-inflamatórias), observa-se redução da inflamação e, consequentemente, melhora na integridade do tecido9. Ainda, é válido ressaltar que algumas bactérias probióticas são responsáveis pelo fornecimento de substrato energético para os enterócitos, fato que também associa-se a integridade intestinal10.
Como dito anteriormente, os benefícios dos probióticos podem ser estendidos para outras condições: problemas imunológicos são amplamente relatados entre atletas, principalmente quando há aumento do estresse físico e psicológico e aumento na carga e frequência de treinamento11.
Na imunossupressão, é comum a presença de doenças infecciosas (como as do trato respiratório), que são responsáveis pela redução do rendimento do atleta e, em muitos casos, pode impedi-lo de realizar suas atividades12.
Com o objetivo de melhorar estas reações imunológicas, o uso de probióticos parece ser uma estratégia interessante. Um estudo conduzido por West et al. (2011)13 mostrou que o uso de Lactobacillus fermentum foi efetivo na redução de sintomas do trato respiratório em ciclistas que estavam em período de competição.
Cox et al. (2010)14 corroboram com estes resultados. Os autores, que estudaram a influência dos probióticos em 20 corredores de elite, identificaram que esta intervenção reduziu de forma significativa a severidade de problemas respiratórios, que eram comuns na população estudada.
Outro dado interessante, publicado por Gleeson et al. (2011) 15, mostra que em alterações climáticas (mais precisamente no inverno, positivamente correlacionado com o aumento na incidência de problemas respiratórios), o uso de probióticos também é efetivo em reduzir a frequência de sintomas respiratórios. Os autores avaliaram os níveis de IgA salivar (um parâmetro relacionado com imunidade de mucosa) e observaram que os mesmos mantiveram-se em níveis adequados durante o período de treino e competição.
         Com base nas evidências apresentadas, o uso de probióticos deve ser baseado na necessidade individual do atleta, sendo imprescindível a avaliação dos sinais e sintomas apresentados durante a consulta. Ainda, é importante ter cautela na espécie de cepa, bem como a dosagem ofertada, visto que o uso indevido pode prejudicar a saúde do atleta.

Referências Bibliográficas
1-HUR, K.Y.; LEE, M.S. Gut microbiota and metabolic disorders. Diabetes Metab J; 39 (3): 198-203, 2015
2- de VRESE, M.; SCHEREZEMMEIR, J. Probiotics, prebiotics, and symbiotic. Adv Biochem Eng Biotechnol; 111:1-66, 2008.
3- JOSE, P.A.; RAJ, D. Gut microbiota in hypertension. Curr Opin Nephrol Hypertens; 2015.
4- CATANZARO, R.; ANZALONE, M.; CALABRESE, F. et al The gut microbiota and its correlations with the central nervous system disorders. Panminerva Med; 57(3):127-43, 2015.
5- RUETER, K.; PRESCOTT, S.L.; PALMER, D.J. Nutritional approaches for the primary prevention of allergic disease: un update. J Paediatr Child Health; 2015.
6- GILL, H.; PRASAD, J. Probiotics, immunomodulation, and health benefits. Adv Exp Med Biol; 606:423-54, 2008.
7- BERMON, S.; PETRIZ, B.; KAJENIENE, A. et al. The microbiota: an exercise immunology perspective. Exerc Immunol Rev; 70-9, 2015.
8- GLEESON, M.; WILLIAMS, C. Intense exercise training and immune function. Nestle Nutr Inst Workshoe Ser; 76:39-50, 2013.
9- MAN, A.L.; BERTELLI, E.; RENTINI, S. et al. Age-associated modifications of intestinal permeability and innate immunity in human small intestine. Clin Sci; 2015.
10- DeWEERDT, S. Microbiome: microbial mystery. Nature; 521(7551):S10-1, 2015.
11- LAMPRECHT, M.; FRAUWALLNET, A. Exercise, intestinal barrier dysnfunction and probiotics supplementation. Med Sport Sci; 59:47-56, 2012.
12- PYNE, D.B.; WEST, N.P.; COX, A.J. et al. Probiotics supplementation for athletes- clinical and physiological effects. Eur J Sport Sci; 15(1):63-72, 2015.
13- WEST, N.P.; PYNE, D.B.; CRIPPS, A.W.; et al. Lactobacillus fermentum (PCC) supplementation and gastrointestinal and respiratory tract illness symptoms: a randomized control trial in athletes. Nutr J; 10:30, 2011.
14- COX, A.J.; PYNE, D.B.; SAUDERS, P.U. et al. Oral administration of the probiotic Lactobacullus fermentum VRI-003 and mucosal immunity in endurance athletes. Br J Sports Med; 44(4):222-6, 2010.
15- GLEESON, M.; BISHOP, N.C.; OLIVEIRA, M. et al. Daily probiotics´s (Lactobacillus casei Shirota) reduction of infection incidence in athletes. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 21(1):55-64, 2011.
16- HAGHIGHAT, L.; CRUM-CIANFLONE, N.F. The potential risks of probiotics among HIV-infected persons: bacteraemia due to Lactobacillus acidophilus and review of the literature. Int J STD AIDS; 2015.

17- BOYLE, R.J.; ROBINS-BROWNE, R.M.; TANG, M.L.K. Probiotic use in clinical practice: what are the risks? Am J Clin Nutr; 83:1256-64, 2006.

terça-feira, 7 de julho de 2015





         O uso de fitoterápicos data de muitos anos. Há séculos, as plantas são utilizadas para o tratamento e prevenção de diversas doenças, fato que justifica o grande interesse por pesquisadores, que visam fundamentar seus potenciais benefícios à saúde1.
         Nossa biodiversidade de plantas é vasta, e algumas espécies carecem de estudos que comprovem segurança e eficácia em determinadas condições. Assim, muitos fitoterápicos são utilizados de forma popular, na ausência de conhecimento dos possíveis efeitos nocivos, adequação de dosagem, tempo de uso, entre outros fatores que são determinantes para o sucesso da conduta2,3.
         Com base nisso, devemos nos atentar em nossas condutas fitoterápicas, que sempre devem ser baseadas em legislações (como a Resolução CFN n°525/20134) e estudos clínicos de longo prazo, que assegurem o uso da planta.
         No âmbito do esporte, em que o uso de fitoterápicos está associado ao aumento do rendimento e melhora da composição corporal, estes critérios também são válidos e, certamente, influenciam no resultado esperado 5,6.
         Como exemplo, o Tribulus terrestris, que é amplamente utilizado por atletas (e muitas vezes sem a devida orientação), por suas possíveis interações na síntese de testosterona, apresenta literatura escassa sobre suas reais ações no organismo 7,8.
 Um estudo clínico realizado por Antonio et al (2000)9 identificou que o uso desta planta, com dosagem equivalente a 3,21 mg por quilo de peso por 8 semanas, não foi eficaz em melhorar a composição corporal e rendimento em 15 indivíduos treinados em exercício de resistência.
Rogerson et al (2007)10 corroboram com este achado. Os autores, que estudaram a ação do Tribulus terrestris em atletas de rugby, mostraram que a administração diária de 450 mg por 5 semanas, não promoveu alterações significativas nas concentrações de testosterona e, por consequência, não observaram melhora significativa no rendimento e composição corporal. Desta forma, faltam estudos que respaldem a efetividade deste uso na prática esportiva.
 Em contrapartida, devemos considerar os fitoterápicos que comprovadamente apresentam benefícios no esporte, como o Panax ginseng, que atualmente é uma das plantas mais estudadas em diversas condições11.
Em 2011, Jung et al12 associaram o uso de 20 gramas de extrato de  Panax ginseng, com a redução de marcadores de dano muscular e inflamação (como a creatina kinase e interleucina-6), em 18 indivíduos submetidos a corrida de alta intensidade por 45 minutos, sendo este resultado justificado pela ação adaptógena desta planta.
A Rhodiola rosea é outro fitoterápico adaptógeno que tem sido sugerido no meio esportivo. De forma experimental, a Rhodiola rosea parece aumentar a expressão gênica da proteína de choque térmico 72 (HSP72) que, por sua vez, interfere na resistência ao estresse causado pelo exercício. No entanto, poucos estudos clínicos mostram efeitos significativos com este uso, quando acompanhado a prática de atividade física13.
         Com base no exposto, é imprescindível o conhecimento científico que acerca a segurança e efetividade dos fitoterápicos na área esportiva, uma vez que o uso adequado poderá favorecer os resultados esperados, bem como o uso indiscriminado, poderá prejudicar o atleta.  







Referências Bibliográficas
1.KUJAWASKA, M.; de SANTAYANA, M.P. Management of medicianally useful plants by European migrants in South America. J Ethnopharmacol; 2015.
2. CARVALHO, A.C.B.; BALBINO, E.E.; MACIEL, A. et al. Situação do registro de medicamentos fitoterápicos no Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia; 18(2):314-319,2008.
3. BADKE, M.R.; BUDO, M.de L. D.; ALVIM, N.P.T. et al. Saberes e práticas populares de cuidado em saúde com o uso de plantas medicinais. Texto Contexto Enferm; 21(2):363-70,2012.
4.  CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (CFN). Resolução n°525/2013 de 19 de maio de 2013. Regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição dietética e, dá outras providências. Disponível em: http:// www.cfn.org.br
5- AMICO, A.P.; TERLIZZI, A.; DAMIANI, S. Immunopharmacology of the main herbal supplements: a review. Endocri Metab Immune Disord Drug targets; 13(4):283-8,2013.
6- SENCHINA, D.S.; HALLAM, J.E.; KOHUT, M.L. et al. Alkaloids and athete immune function: caffeine, theophylline, gingerol, ephedrine, and their congeners. Exerc Immunol Rev; 20:68-93,2014.
7- KONCIC, M.Z.; TOMCZYK, M. New insight into dietary supplements used in sport: active substances, pharmacological and side effects. Curr Drug Targets; 14(9):1079-92,2013.
8- MEGNA, M.; AMICO, A.P.; CRISTELLA, G. et al. Effects of herbal supplements on the immune system in relation to exercise. Int J Immunopathol Pharmacol; 25(Suppl 1):43S-49S,2012.
9- ANTONIO, J.; UELMEN, J.; RODRIGUEZ, R. et al. The effects of Tribulus terrestris on body composition and exercise performance in resistance-trained males. Int J Sport Nutr Exerc Metab; 10(2):208-15,2000.
10- ROGERSON, S.; RICHES, C.J.; JENNINGS, C. et al. The effect of five weeks of Tribulus terrestris supplementation on muscle strength and body composition  during preseason training in elite rugby league player. J Strenght Cond Res; 21(2):348-53,2007.
11-CHOI, J.; KIM, T.H.; CHOI, T.Y. et al. Ginseng for health care: a systematic review of randomized controlled trials in Korean literature. Plos one; 8(4):978,2013.
12- JUNG, H.L.; KWAK, H.E.; KIM, S.S. et al. Effects of Panax ginseng supplementation on muscle damage and inflammation after uphill treadmill running in humans. Am J Chin Med; 39(3):441-50,2011.

13- ASEA, A.; KAUR, P.; PANOSSIAN, A. et al. Evaluation of molecular chaperons Hsp72 and neuropeptide Y as characteristic markers of adaptogenic activity of plants extracts. Phytomedicine; 20(14):1323-9,2013.

sexta-feira, 3 de julho de 2015






         A relação entre nutrição e a atividade física é bem estabelecida, visto que o aporte adequado de nutrientes contribui para que os objetivos do atleta sejam alcançados, sendo o ganho de massa magra e recuperação muscular, um dos critérios mais relatados como necessários para a evolução do atleta1.
         A literatura identifica que alguns aminoácidos (especialmente os de cadeia ramificada), são importantes para esta finalidade. Destes, a leucina ganha maior evidência, visto que em associação ao mecanismo de contração muscular, é responsável por estimular a via anabólica PI3-K (fosfoinositol 3-kinase) que por sua vez, medeia a cascata de sinais intracelulares que culminam em ativação do complexo mTOR (proteína alvo da rapamicina em mamíferos) e tradução de proteínas 2-5.
         Adicionalmente, a leucina atua na proteção e biogênese mitocondrial, por ativar a Sirtuina 1, que acompanha a regulação da expressão gênica de PGC1- alfa(Coativador-1 alfa do receptor ativado por proliferador do peroxissoma), um item chave para os processos mitocondriais 6,7. Com base nisso, a leucina tem sido proposta para otimizar vias metabólicas, como a oxidação de gorduras.
Na alimentação, a leucina e os outros aminoácidos de cadeia ramificada são normalmente associados a fontes alimentares de origem animal, como ovos e leite. Entretanto, estas proteínas quando mal digeridas, geram reações imunológicas que podem estar relacionadas a sintomas alérgicos e de hipersensibilidade8-10.
         Com base nisso, as proteínas de origem vegetal podem servir como alternativa, dado que apresentam boa digestibilidade. Desta forma, são sugeridas como alternativa aos que possuem restrições alimentares e aos vegetarianos8-10. Além disso, estudos clínicos mostram que o perfil proteico das proteínas vegetais pode ser considerado no âmbito da atividade física e na síntese proteica.
Em 2013, Joy et al11 conduziram um estudo randomizado, com 24 indivíduos treinados, os quais foram submetidos a suplementação de proteína isolada de arroz ou whey protein (proteína do soro do leite) após o treino resistido, por 8 semanas. Por meio de ultrassonografia, os autores identificaram resultado significativo na espessura dos músculos analisados e na redução do percentual de gordura, com ambas as condutas. Os autores atribuem este resultado a presença de leucina, que mostrou-se equivalente nas duas intervenções.
Ainda, vale ressaltar que a proteína isolada de arroz apresenta arginina em sua composição, importante precursor de óxido nítrico. Por esta atuação, este aminoácido está envolvido em reações de vasodilatação, que por consequência, facilitam o transporte e disponibilidade de nutrientes para o tecido muscular11.
A proteína isolada de ervilha também é relatada como opção interessante, por ser fonte de aminoácidos essenciais como a leucina. Recentemente, Babaut et al (2015)12 mostrou em um estudo duplo cego, randomizado e controlado por placebo, que o uso desta proteína associada ao treino resistido, pode ser tão eficiente quanto o uso do whey protein isolado para aumento no percentual de massa magra e força muscular.
Com relação à proteína isolada de soja, sua atuação na área esportiva também é estabelecida. Neste ano, Mitchell et al (2015)13 exibiram em idosos, que o uso desta proteína vegetal é capaz de estimular a fosforilação da proteína p70S6K (proteína quinase ribossomal S6 da 70kDA) por até 2 horas após o exercício, mecanismo associado ao aumento da síntese proteica.
Certamente, estes efeitos que acercam a síntese proteica serão benéficos para a melhora da composição corporal do atleta ou praticante de atividade física, bem como para o seu rendimento na modalidade esportiva praticada.
No entanto, é necessário ressaltar que os estudos clínicos com as proteínas vegetais ainda são escassos. Embora este fator seja limitante para discussões mais precisas, devemos levar em consideração os resultados promissores destes poucos estudos, que permitem a extrapolação dos dados.
         Por fim, as proteínas vegetais, quando associadas a hábitos alimentares saudáveis, podem auxiliar na diversificação dos hábitos alimentares e na melhora da monotonia alimentar, principalmente em situações em que há restrições.

Referências Bibliográficas

1.PINGITORE, A.; LIMA, G.P.; MASTORCI, F. et al. Exercise and oxidative stress: potential effects of antioxidant dietary strategies in sports. Nutrition; 31(7-8):916-922, 2015.
2. SHIMOMURA, Y.; MURAKAMI, T.; NAKAI, N. et al. Exercise promotes BCAA catabolism: effects of BCAA supplementation on skeletal muscle during exercise. J Nutr; 134 (6 Suppl): 1583S- 1587S, 2004.
3. GAO, X.; FENG, T.; WANG, X. Leucine supplementation improves acquired growth hormones resistance in rats with protein-energy malnutrition. Plos one; 10(4):e0125023;2015.
4. JEWELL, J.L.; KIM, Y.C.; RUSSELL, R.C. et al. Differential regulation of mTORC1 by leucine and glutamine. Science; 347(6218):194-198, 2015.
5. DOBB, K.M.; TEE, A.R. Leucine and mTORC1: a complex relationship. Am J Physiol Endocrinol Metab; 302(11):e1329-42, 2012.
6-LIANG, C.; CURRY, B.J.; BROWN, P.L. et al. Leucine modulates mitochondrial biogenesis and SIRT1-AMPK signaling in C2C12 myotubes. J Nutr Metab; 2014.
7- LIANG, H.; WARD, W.F. PGC-1alfa: a key regulator of energy metabolism. Advances in physiology education; 30(4):145-151,2006. . PEREIRA, P.C. Milk nutritional composition and its role in human health. Nutrition; 30(6):619-27,2014.
8. HAN, S.W.; CHEE, K.M.; CHO, S.J. Nutritional quality of rice bran protein in comparison to animal and vegetable protein. Food Chem; 2015.
9. CRAIG, W.J. Nutrition concerns and health effects of vegetarian diets. Nutr Clin Pract; 25(6):613-20,2010.
10- PILIS, W.; STEC, K.; ZYCH, M. et al. Health benefits and risk associated with adopting a vegetarian diet. Rocz Panstw Zekl Hig; 65(1):9-14,2014.
11- JOY, J.M.; LOWERY, R.P.; WILSON, J.M. et al. The effect of 8 weeks of whey or rice protein supplementation on body composition and exercise performance. Nutrition Journal; 12:86,2013.
12- BABAULT, N.; PAÏZIS, C.; DELEY, G. et al. Pea proteins oral supplementation promotes muscle thickness gains during resistance training: a double-blind, randomized, placebo-controlled clinical trial vs. whey protein. Journal of the International Society of Sport Nutrition; 12:3, 2015.
13- MITCHELL, C.J.; DELLA GATTA, P.A.; PETERSEN, A.C. et al. Soy protein ingestion results in less prolonged p70S6 kinase phosphorylation compared to whey protein after resistance exercise in older men. J Int Soc Sports Nutr; 12:6,2015.




quarta-feira, 1 de julho de 2015




DIETA PALEOLÍTICA E EXERCÍCIO: RISCOS, BENEFÍCIOS E POSSIBILIDADES

         Há 2,5 milhões de anos, nossos ancestrais apresentavam hábitos alimentares diferentes dos dias de hoje, uma vez que eram desprovidos de tecnologia e processo de industrialização. Por este motivo, eram obrigados a caçar para obter o seu alimento, sendo este período histórico caracterizado como paleolítico1.
         Com base nesta necessidade para sobrevivência, evidências antropológicas mostram que nesta fase, os humanos tinham alto consumo de fibras, proteínas, gorduras insaturadas e colesterol, atribuído à presença de carnes magras, peixes, legumes, frutas, raízes, ovos e nozes. Associado a este hábito alimentar, observa-se que o nível de atividade física também era maior, resultando em aumento no gasto energético2.
         Atualmente, este perfil alimentar é considerado preventivo para doenças inflamatórias e metabólicas3. Um estudo clínico randomizado realizado por Jönsson et al (2013)4 identificou que a dieta paleolítica foi efetiva em reduzir parâmetros glicídicos, concomitante a melhora da composição corporal dos participantes envolvidos.
         Outro estudo clínico randomizado, do mesmo grupo de pesquisadores, mostrou que a dieta das “cavernas” também pode ser utilizada na redução do risco cardiovascular5.
Quando aliada a atividade física, a dieta paleolítica parece ser benéfica na redução do percentual de gordura e outros parâmetros que envolvem a composição corporal, por apresentar baixo teor de carboidrato refinado. Com esta restrição, vias catabólicas (como a lipólise) são ativadas para o fornecimento de substrato para nossas funções fisiológicas que dependem de produtos glicídicos, por meio da gliconeogênese6-8. Em contrapartida, muitos estudos mostram que esta redução pode atrapalhar o rendimento do atleta 9-11.
Por este assunto ainda ser controverso, algumas ressalvas devem ser consideradas. Primeiramente, é importante enfatizar que houve pouco tempo para evolução significativa dos processos fisiológicos em resposta desta dieta e das mudanças introduzidas com a civilização 12.
A evolução do ser humano é outro critério que devemos valorizar. Sabe-se que as adaptações genéticas que sofremos e estamos expostos ao longo dos séculos influenciam de forma significativa no desenvolvimento de nossos comportamentos13.
Também é importante refletir sobre a adesão da dieta. Embora haja evidências de seus benefícios na saúde, a aceitação deste hábito em muitos casos parece ser dificultada, devido a sua distinção com o perfil alimentar da dieta moderna e fatores sociais em que estamos inseridos nos dias de hoje4,5.
Com isso, a dieta paleolítica deve ser orientada com cautela, em consideração a rotina e perfil do paciente que deseja aderir este hábito alimentar.

Referências Bibliográficas
1.KLONOFF, D.C. The beneficial effects of a Paleolithic diet on type 2 diabetes and other risk factors for cardiovascular disease. J Diabetes Sci Techol; 3(6):1229-1232,2009.
2. KONNER, M.;  EATON, S.B. Paleolithic nutrition: twenty-five years later. Nutr Clin Pract; 25(6):594-602,2010.
3-CHAUVEAU, P.; FOUQUE, D.; COMBE, C. et al. Evolution of the diet from the paleolithic to today: progresso or regress? Nephrol Ther; 9(4):202-8,2013.
4- JONSSON, T.; GRANDFELDT, Y.; LINDERBERG, S. et al. Subjective satiety and other experience of a Paleolithic diet compared to a diabetes diet in patients with type 2 diabetes. Nutr J; 12:105,2013.
5-JONSSON, T.; GRANDFELDT, Y.; ANRÉN, B. et al. Beneficial effects of a paleotithic diet on cardiovascular risk factors in type 2 diabetes: a randomized cross-over pilot study. Cardiovasc Diabetol; 8:35, 2009.
6.FEBBRAIO, M.A. CHUI, A.; ANGUS, D.J. et al. Effects of carbohydrate ingestion before and during exercise on glucose kinects and performance. J Appl Physiol; 89:2220-2226, 2000.
7.DE GLISEZINSKI, I.; HARANT, I.; CRAMPES, F. et al. Effect of carbohydrate ingestion on adipose tissue lipolysis during long lasting exercise in trained men. J Appl Physiol; 84: 1627-1635, 1998.
8. ORMSBEE, M.J.; MANDLER, W.K.; THOMAS, D.D. et al. The effects of six weeks of supplementation with multi-ingredient performance supplements and resistance training on anabolic hormones, body composition, strenght, and Power in resistance-trained men. J Int Soc Sports Nutr; 9(1):49, 2012.
9. KEDIA, A.W.; HOFHEINS, J.E. HABOWSKI, S.M. et al. Effects of a pre-workout supplement on lean mass, muscular performance, subjective workout experience and biomarkers of safety. Int J Med Sci; 11(2):116-26, 2014.
10. BADENHORST, C.E.; DAWSON, B.; COX, G.R. et al. Timing of post-exercise carbodydrate ingestion: influence on IL-6 and hepcidin responses. Eur J Appl Physiol; 2015.
11. DELDICQUE, L.; FRANCAUX, M. Recommendations for healthy nutrition in female endurance runners: an update. Front Nutr; 2:17,2015.
12. EATON, S.B.; CORDIAN, L.; LINDERBERG, S. Evolutionary health promotion: a consideration of common counterarguments. Prev Med; 34(2):119-23,2002.
13. TURNER, B.L.; THOMPSON, A.L. Beyond the Paleolithic prescription: incorporating diversity and flexibility in the study of human diet evolution. Nutr Rev; 71(8):501-10,2013.