Este é o blog da VP Consultoria Nutricional, empresa pioneira que trouxe Nutrição Funcional para o Brasil. Aqui você irá acompanhar todas as novidades sobre os Congressos, workshops, cursos, e eventos visando manter o nutricionista e simpatizantes da área atualizados! Viva a Vitalidade Positiva!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Nutricionista Valéria Paschoal
participa da posse da Ministra Tereza Campello do MDS, em Brasília
Por:
José Maria Filho jornalista Mtb 19.852
Da direita para esquerda: a
Nutricionista Valéria Paschoal, Diretora da VP Consultoria Nutricional, a
Ministra Tereza Campello do MDS e a Nutricionista Simone Rocha - Presidente da
Associação de Nutrição do Distrito Federal durante a posse da recondução da
economista Tereza Campello a frente do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
Discurso de recondução ao cargo da ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a economista Tereza Campello
Durante o evento que
contou com as presenças de Ministros como Cid Gomes, da Educação, Arthur Chioro,
da Saúde e outros foi apresentado o livro “Brasil Sem Miséria” um retrato das
transformações sociais do país nos últimos 12 anos.
Em seu discurso a
Ministra Tereza Campello, agradeceu as presenças de todos: “confesso que nós
ficamos com dúvidas com relação a fazer esse evento. Vocês participaram de
vários eventos, todos eles de transmissão de cargo. Nós estamos num evento
diferente, que é de recondução, mas nós pensamos e achamos que é importante ter
um ritual que marque tudo isso que nós construímos conjuntamente, mais ainda em
se tratando do MDS, que sintetiza toda a agenda de esforço de inclusão, toda a
agenda de desenvolvimento inclusivo que vem sendo feita ao longo do governo do
presidente Lula e da presidente Dilma e, portanto, não poderíamos deixar esse
momento passar em branco, sem ter um ritual, mesmo que não fosse um ritual de
passagem”.
A economista Tereza
Campello falou da trajetória de construção de um modelo de desenvolvimento com
inclusão, o Brasil Sem Miséria, que transformou de forma inexorável o país. “Temos
que reafirmar nosso legado para não permitir retrocessos e para continuar
avançando sempre. Batemos todas as nossas metas antes do prazo. Em dezembro,
antes mesmo de terminar o mandato da presidente Dilma, publicamos esse livro,
que é o Brasil Sem Miséria, que consolida o esforço coletivo do governo,
registra o conjunto dos nossos feitos, registra os processos construídos
conjuntamente e que, portanto, para nós também é um produto entregue junto com
o conjunto dessas várias realizações que conseguimos entregar em dezembro”.
Em 800 páginas, o livro
escrito a muitas mãos, como foi a construção e a implementação do Brasil Sem
Miséria, traz o texto sobre a saúde, por exemplo, mostra como, sem ferir o
grande princípio de acesso universal à saúde, se consegui garantir acesso aos
mais pobres, com piso básico diferenciado e ações específicas.
Os textos da
educação, que são vários, escritos pelo ex-ministro José Henrique Paim, mostra
como Pronatec chegou aos mais pobres através da parceria com a rede de
assistência social. As parcerias na floresta, com o Bolsa Verde, com o Incra e
o MDA, no desenvolvimento de assentamentos, para populações específicas.
São 32 textos que registram uma experiência de gestão. O livro já está à disposição on line pelo endereço: www. mds.gov.br
São 32 textos que registram uma experiência de gestão. O livro já está à disposição on line pelo endereço: www. mds.gov.br
Balanço
De acordo com a
Ministra, o Bolsa Família hoje está praticamente universalizado entre os que
têm o perfil, entre os que precisam. “Universalizamos também a rede de
equipamentos de assistência social, a rede dos CRAS. Inovamos criando equipes
volantes e lanchas que vão até as comunidades isoladas”.
Segurança
Hídrica
Nunca se investiu tanto em acesso a
água para os mais pobres. Chegamos a 1,1 milhão de cisternas, sendo 750 mil
feitas no governo da presidenta Dilma. Aliás, era até melhor a gente contar não
1,1 milhão de cisternas, mas um milhão e 100 mil mulheres livres de carregar
água em lata na cabeça dia a dia.
Ela destaca a
prioridade para a inclusão econômica. “Realizamos um grande esforço, em escala,
para facilitar e melhorar a inclusão econômica dos adultos do Bolsa Família.
Vou repetir de novo aquilo que sempre digo: o povo do Bolsa Família, os
adultos, trabalham e trabalham muito. Felizmente, as crianças não trabalham
mais. Mas eles querem melhorar de vida, querem melhorar sua inserção econômica
e é isso que nós estamos viabilizando em grande escala. Essa é uma reflexão
importante. Um conjunto de ações orquestradas dentro do Brasil Sem Miséria
permitiu levar, por exemplo, em conjunto com o MEC e o Sistema S, 1,5 milhão de
pessoas de baixa renda para os cursos de qualificação profissional do Pronatec.
Com o Programa Crescer e com demais bancos públicos, levamos microcrédito
produtivo a 400 mil beneficiários do Bolsa Família, são 400 mil famílias. Isso
nos garantiu formalizar 400 mil empreendedores em parceria com o Sebrae. E
levar recursos não reembolsáveis, sementes, insumos a 350 mil agricultores
familiares, pescadores, extrativistas, junto e em parceria com o MDA”.
Interdisciplinaridade
“Não estamos falando
em tese. Nós construímos esta agenda e a estamos aprofundando cada vez mais no
Brasil. Construímos ações intersetoriais que chegaram a milhões. São 17 milhões
de alunos do Bolsa Família monitorados mensalmente pela rede de educação. São 9
milhões de crianças no Brasil que tiveram acesso à megadose de vitamina A na
área de saúde, dentro do Brasil Carinhoso. E assim se multiplicam milhares de
experiências interdisciplinares, como é o caso de milhões de mulheres e
crianças que tiveram acesso ao registro civil, também graças a ações em
parceria, a maioria dessas mulheres e crianças extremamente pobres. Essas
experiências têm que ser mantidas e aprofundadas. São experiências simples,
replicáveis em grande escala, com grande abrangência, chegando a todo Brasil”.
Por termos optado por
atuar com políticas de impacto e escala, podemos comemorar. Resgatamos 36
milhões de pessoas da extrema pobreza, 22 milhões apenas no governo da
presidente Dilma. O Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO. Hoje, temos a primeira
geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome e que está na
escola.
Ações para o Futuro
É preciso avançar na
geração de oportunidades para os mais pobres. Esse é o grande desafio que se
impõe no próximo período: casar ainda mais a qualificação profissional e a
intermediação de mão de obra, permitindo que, cada vez mais, se reduzam as
distâncias e o tempo para garantir vagas no emprego.
Também é necessário
avançar no apoio às propostas mais coletivas de cooperativas de economia
solidária. Tendo avançado tanto nas grandes políticas de abrangência nacional,
temos o desafio de trabalhar com públicos específicos, sejam os ainda sujeitos
à insegurança alimentar, como indígenas e quilombolas, sejam as populações
rurais isoladas ou as populações em grandes centros urbanos também muitas vezes
em situação de isolamento.
Queremos nos dedicar
ainda mais à solução de problemas que afetam extrativistas e povos e
comunidades tradicionais. Já começamos a tratar deste tema com o nosso Ministro
Miguel Rossetto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Eu sempre digo uma
frase que eu acho que tem que nortear também a nossa agenda no próximo período:
“foi muito mais fácil acabar com a miséria do que acabar com o preconceito
contra os pobres”. Essa certamente é uma agenda do próximo período. A luta
contra o preconceito se mantém como um desafio na nossa próxima gestão.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Sustentabilidade
II
Sacola verde:
traz de volta uma questão crônica, a baixa reciclagem de lixo na cidade de São
Paulo
Por José
Maria Filho-Jornalista MTb 19.852
A maior cidade da América Latina ostenta
números inacreditáveis quando se trata de coleta seletiva de lixo, atualmente
apenas 2% do lixo da cidade compõe a coleta seletiva. A prefeitura espera
aumentar esse volume para 10% até 2016.
O prefeito de
São Paulo Fernando Haddad regulamentou a lei 15.374/2011, que proíbe a
distribuição gratuita ou a venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos
comerciais da capital e recentemente foi considerada válida pela Justiça. Os
comerciantes têm até 5 de fevereiro para se adaptar às novas regras, que
autorizam a distribuição ou a venda de uma nova sacola padronizada, verde, para
ser reutilizada apenas para descartar lixo reciclável. A regulamentação está
prevista no Decreto 55.827, publicada no Diário Oficial do Município no último
dia 7 de janeiro de 2015.
De acordo com
Haddad, a medida atende todos os interesses. “O que nós procuramos fazer é
conciliar interesses contraditórios. É um modelo que atende a todos os
envolvidos: a indústria produtora das sacolas que corria o risco de demitir
trabalhadores, o consumidor que quer comodidade para carregar suas compras e o
meio ambiente que não pode continuar a ser degradado”, afirmou Haddad.
As sacolinhas
descartáveis, que atualmente são distribuídas principalmente nos supermercados,
estão proibidas. Já a nova sacolinha verde será usada pelo consumidor para
carregar as compras e depois deverá ser reutilizada para descartar o lixo
reciclável, que será enviado a uma das centrais de triagem mecanizadas ou
manuais nas cooperativas. A sacola verde não poderá ser usada para o descarte
do lixo orgânico, que deverá ser depositado em sacos plásticos.
O novo padrão
de sacola foi desenvolvido para adequar-se à coleta seletiva. É feita de cana
de açúcar, um material renovável. Suporta carregar até 10 quilos e é cerca de
40% maior que as sacolas atualmente distribuídas nos supermercados. Terá
resistência maior e permitirá, por exemplo, o transporte de até três garrafas
PET cheias. As novas sacolas serão verdes e apresentarão orientações sobre o
acondicionamento adequado dos resíduos recicláveis. Estima-se que o custo para
os estabelecimentos é equivalente ao do modelo utilizado atualmente.
Segundo o
secretário Simão Pedro (Serviços), também estão sendo preparados novos modelos
de sacolas nas cores marrom e cinza, adequadas ao descarte de lixo orgânico
para compostagem e de inservíveis, resíduos que não podem ser reciclados. A
utilização das sacolinhas plásticas convencionais para o descarte dos resíduos
não-recicláveis dificulta o manejo dos aterros sanitários.
“Não é apenas
a questão de levar plástico para o aterro sanitário. A sacolinha é um vilão
porque cria dificuldade em fazer a acomodação das camadas de resíduos e de
solo. Dificulta a estruturação por criar bolsões de ar e desequilibrar o
aterro”, explicou o secretário Wanderley Meira do Nascimento (Verde e Meio
Ambiente). Para ele o uso das sacolas também será acompanhado de um trabalho de
educação ambiental, principalmente com as crianças. O Secretário informa que a população passará por um período de
adaptação, em que receberá orientações sobre a maneira mais adequada de utilizar
e descartar as sacolas, tanto nos estabelecimentos quanto pelo poder público.
Fiscalização
“O
descumprimento das novas regras é uma infração administrativa ambiental, com
punição estabelecida pela legislação federal”, disse o secretário Simão Pedro.
A
fiscalização do uso das sacolas verdes será realizada pela Secretaria Municipal
do Verde e Meio Ambiente. Pelo decreto, as penas são determinadas pelo decreto
federal 6514, de 22 de julho de 2008. O comerciante que desrespeitar a lei
poderá receber uma multa de R$ 500 a R$ 2 milhões, de acordo com a gravidade e
o impacto do dano provocado ao meio ambiente. Já o cidadão que não cumprir as
regras poderá receber advertência e, em caso de reincidência, poderá ter que
pagar uma multa com valor entre R$ 50 e R$ 500. De acordo com a lei 13.478,
apresentar lixo para coleta regular em recipiente inadequado pode gerar uma
multa de R$ 63,22.
Mas qual
estrutura a cidade oferece para o consumidor reciclar?
Reciclagem
As diretrizes
para a gestão de resíduos sólidos na cidade estão organizadas no Plano de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS), documento
elaborado de maneira participativa com entidades e cooperativas. Em 2014, a
Prefeitura inaugurou duas centrais mecanizadas, com capacidade para processar
500 toneladas de recicláveis por dia, em processo pioneiro na América Latina.
Até 2016, serão instaladas mais duas centrais mecanizadas, na Vila Maria e em
São Mateus, atingindo a marca de cerca de 1.250 toneladas diárias. A meta é
aumentar o percentual de coleta seletiva em São Paulo de 2% para 10%, até 2016.
Na capital,
em 2014, dez novos distritos passaram a contar com coleta seletiva e mais 40
tiveram a coleta universalizada. No total, 85 distritos têm coleta de
recicláveis. Atualmente, a Amlurb tem cadastradas para triagem manual 22
cooperativas e associações de catadores, que juntas processam manualmente cerca
de 250 toneladas por dia. Na agenda ambiental da cidade está ainda a
reutilização dos resíduos orgânicos por compostagem, para redução da quantidade
de materiais enviados aos aterros sanitários.
A nova
legislação pode gerar muitas dúvidas nos consumidores:
1- Posso usar
a sacola verde para jogar o lixo do banheiro ou da cozinha?
Não. A lei não permite que resíduos orgânicos ou não-recicláveis, como papel higiênico, fraldas ou restos de alimentos, sejam descartados na sacola verde. A nova sacolinha que o supermercado oferecer somente pode ser usada para o lixo reciclável, como embalagens de papel, plástico e vidro, por exemplo.
Não. A lei não permite que resíduos orgânicos ou não-recicláveis, como papel higiênico, fraldas ou restos de alimentos, sejam descartados na sacola verde. A nova sacolinha que o supermercado oferecer somente pode ser usada para o lixo reciclável, como embalagens de papel, plástico e vidro, por exemplo.
2- Só posso
jogar o lixo reciclável se for na sacola verde?
Não. O lixo reciclável também pode ser descartado de outras maneiras, em sacos de lixo comuns ou em sacolinhas convencionais, por exemplo.
Não. O lixo reciclável também pode ser descartado de outras maneiras, em sacos de lixo comuns ou em sacolinhas convencionais, por exemplo.
3- O que
acontece se jogar o lixo comum na sacola verde?
O cidadão pode ser advertido e até multado. O objetivo da lei é evitar que as novas sacolinhas sejam despejadas nos aterros junto com os resíduos que não são reciclados. Se enviadas aos aterros, as sacolas deixam de ser reutilizadas pela reciclagem, prejudicam o meio ambiente e podem provocar acidentes por dificultar o depósito dos resíduos.
O cidadão pode ser advertido e até multado. O objetivo da lei é evitar que as novas sacolinhas sejam despejadas nos aterros junto com os resíduos que não são reciclados. Se enviadas aos aterros, as sacolas deixam de ser reutilizadas pela reciclagem, prejudicam o meio ambiente e podem provocar acidentes por dificultar o depósito dos resíduos.
4- Sou
obrigado a usar a sacola verde, mesmo que o supermercado cobre?
Não. O consumidor pode escolher qual embalagem é mais conveniente. Algumas possibilidades são as sacolas de tecido e lona, carrinhos ou caixas de papelão, por exemplo. Caso decida transportar os produtos na sacola verde, terá que descartá-la na coleta seletiva.
Não. O consumidor pode escolher qual embalagem é mais conveniente. Algumas possibilidades são as sacolas de tecido e lona, carrinhos ou caixas de papelão, por exemplo. Caso decida transportar os produtos na sacola verde, terá que descartá-la na coleta seletiva.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Sustentabilidade
“Lixo
da indústria de alimentos” pode virar energia limpa
Por: José
Maria Filho – Jornalista MTb 19.852
Foto:
Reprodução
Pesquisadores
do Cempeqc/Unesp desenvolvem metodologia para produzir hidrogênio a partir de
águas residuárias do beneficiamento da laranja
Pesquisadores
da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara (SP) estudam a
viabilidade de usar a água residuária da indústria de suco de laranja para
produzir hidrogênio – uma fonte de energia renovável, inesgotável e não
poluente.
A pesquisa,
apoiada pela FAPESP, está em andamento no Centro de Monitoramento e Pesquisa da
Qualidade de Combustíveis, Biocombustíveis, Petróleo e Derivados (Cempeqc) do
Instituto de Química da Unesp.
“A vantagem
de produzir hidrogênio a partir de águas residuárias é aproveitar, de maneira
sustentável, uma fonte de carbono que hoje está sendo descartada”, argumentou
Sandra Imaculada Maintinguer, pesquisadora do Cempeqc.
De acordo com
a pesquisadora, a proposta é reaproveitar a energia gerada localmente, na
própria indústria, para abastecer as bombas dos sistemas de tratamento
biológico, por exemplo.
“O método
poderia beneficiar não apenas o setor citrícola, como o sucroalcoleiro,
indústrias de refrigerantes, cervejas e de outros alimentos”, afirmou
Maintinguer.
O hidrogênio,
explicou a pesquisadora, é quase três vezes mais energético que os
hidrocarbonetos e que o metano e quatro vezes mais que o etanol. No entanto, em
razão do custo ainda elevado de armazenamento e transporte, seria inviável usar
o gás, por exemplo, para substituir a energia hidrelétrica – ainda muito barata
no Brasil.
O grupo de
pesquisadores do Cempeqc está estudando três diferentes resíduos do
beneficiamento da laranja cedidos por uma empresa situada em Matão (SP): o
melaço, a vinhaça e a água residuária.
Embora o
melaço e a vinhaça apresentem concentrações mais elevadas de açúcares (40 a 150
g glicose/L), testes preliminares sugerem que a água residuária (12g glicose/L)
é a mais indicada para a produção biológica de hidrogênio.
“Quando a
concentração de substrato é muito elevada, pode ocorrer a inibição do
crescimento dos microrganismos que quebram os açúcares em moléculas menores,
como ácidos orgânicos e hidrogênio. Existe uma faixa ideal, que parece ser a da
água residuária”, disse Maintinguer.
Além da
glicose, os pesquisadores também encontraram outras fontes de carbono na água
residuária, como frutose e ácidos orgânicos, além de impurezas como óleos e
detergentes usados no processo industrial.
“Fizemos os
testes usando a água residuária com todas as impurezas e, mesmo assim, os
resultados foram muito promissores. Conseguimos transformar cerca de 65% desse
resíduo em hidrogênio. Como os microrganismos usam os nutrientes para crescer e
se multiplicar em primeiro lugar, a produção nunca chega a 100%”, explicou a
pesquisadora.
Arqueas
metanogênicas
Os ensaios,
em escala de bancada, foram feitos em reatores anaeróbios (frascos de vidro
hermeticamente fechados), para evitar que o contato com o oxigênio inibisse a
produção da enzima hidrogenase, extremamente importante na produção biológica
de hidrogênio.
Na água
residuária foi inoculado um conjunto de microrganismos de diferentes classes
coletado em sistemas de tratamento biológico de esgotos sanitários. De acordo
com a pesquisadora, o inóculo também pode ser obtido a partir do próprio lodo
formado nos sistemas biológicos de tratamento industrial.
Porém, é
necessário um pré-tratamento para eliminar as chamadas arqueas metanogênicas,
um tipo de microrganismo capaz de consumir o hidrogênio produzido para formar
metano, algo indesejável nesse caso.
“O processo
biológico anaeróbio tem várias etapas e, em cada uma delas, atua uma classe
diferente de microrganismo. Os carboidratos são quebrados em açúcares, ácidos
orgânicos, acetato, hidrogênio e, se o processo não for interrompido, em
metano”, disse a pesquisadora.
Para evitar
que isso aconteça, o inóculo é submetido a um choque térmico e o pH do meio é
reduzido para 5,5. O pré-tratamento causa a eliminação das arquéias
metanogênicas, enquanto as bactérias úteis para o processo apenas entram em
estado vegetativo, voltando a se multiplicar quando as condições se tornam
favoráveis.
“É um método
fácil e barato e só é necessário fazê-lo uma vez. Depois posso reaplicar o
inóculo em outra amostra quando acabar o substrato no reator. Por enquanto,
estamos usando apenas a configuração de reator em batelada (frascos com
quantidades limitadas onde a reação ocorre até o substrato acabar e depois é
preciso reabastecer). O próximo passo é testar em um reator de fluxo contínuo”,
disse Maintinguer.
Além do
hidrogênio, resultam do processo alguns ácidos graxos voláteis – como o ácido
butírico e o ácido acético – também passíveis de serem transformados em
hidrogênio por bactérias fotoheterotróficas.
“Elas consomem
esses ácidos na presença da luz e liberam mais hidrogênio, elevando assim o
rendimento”, explicou a pesquisadora.
Na avaliação
de Maintinguer, o Brasil tem um grande potencial para ser referência em
tecnologia do hidrogênio e é beneficiado pelo fato de ser um país tropical, com
temperaturas médias anuais em torno de 25ºC – favorável ao desenvolvimento de
bactérias.
“Em países
como Holanda e Alemanha é preciso aquecer os reatores para que o processo seja
bem sucedido”, comentou.
O Ministério
de Minas e Energia tem planos para introduzir o hidrogênio na matriz energética
do país até 2025, inclusive como combustível automotivo. Uma das metas do
governo brasileiro é que, após 2020, toda a produção do gás seja obtida a
partir de fontes renováveis.
Com Agência
Fapesp.
Mapeamento revela dados inéditos sobre
Segurança Alimentar no Brasil
Por José Maria Filho – Jornalista MTb
19.852
O estudo coordenado pelo MDS-
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome traz informações sobre
bancos de alimentos, cozinhas comunitárias, restaurantes populares, além de
identificar 1.331 feiras agroecológicas ou com produção orgânica em 624
municípios
A
promoção da segurança alimentar e nutricional dos brasileiros e a implantação
de políticas e ações que garantam o Direito Humano à Alimentação Adequada
(DHAA) estão cada vez mais no centro das atenções de gestores estaduais e
municipais, e o governo federal tem um papel imprescindível no fomento dessas
ações em todo o país.
Essa
é a principal conclusão de um mapeamento inédito, divulgado nesta semana pela
Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan),
coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Intitulado de MapaSAN, o levantamento retrata a situação atual de estrutura e gestão
do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan) em 1.628 municípios, além de
23 estados e do Distrito Federal. Os dados foram coletados entre agosto e
novembro de 2014, e o resultado preliminar está disponível no site do MDS.
Nos
estados e no DF, o mapeamento buscou identificar os órgãos gestores e as
referências do Sisan, além de traçar um diagnóstico de gestão das ações neste
setor. Segundo a pesquisa, todos os estados possuem Câmaras de Segurança
Alimentar e Nutricional (Caisans) estruturadas e 79% delas têm trabalhado com a
elaboração, aprovação, revisão, avaliação e o monitoramento dos Planos
Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional, principal instrumento de
planejamento para colocar em prática ações que promovam a oferta de alimentação
adequada à população.
Nos
municípios, além das questões relacionadas à gestão, o MapaSAN também inclui
registros de quantos e quais são os equipamentos públicos de Segurança
Alimentar e Nutricional acessíveis à população, como restaurantes populares,
cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, feiras livres, centrais de
abastecimento (Ceasa), mercados públicos e sacolões. Os 1.628 municípios
participantes da pesquisa correspondem a 56,8% da população brasileira. Entre
eles estão 77% das capitais e 75% das cidades com mais de 200 mil habitantes.
O estudo destaca o avanço das feiras agroecológicas no Brasil
A
quantidade de feiras livres e agroecológicas são o dado que mais chama a
atenção no MapaSAN municipal. Ao todo, são 5.119 feiras livres em 1.176
municípios, a maioria delas (83%) com periodicidade semanal, além de 1.331 feiras agroecológicas ou com
produção orgânica em 624 municípios. “Esse é um dado muito positivo, porque
as feiras representam, ao mesmo tempo, uma boa opção de acesso a alimentos
saudáveis para a população e uma boa fonte de renda para os produtores locais,
contribuindo para o fortalecimento da agricultura familiar”, analisa Patrícia
Gentil, coordenadora-geral de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.
O
mapa revela ainda a existência de 951 mercados públicos ou populares em 621
municípios. Esses mercados têm um papel importante na promoção do Direito
Humano à Alimentação Adequada, pois comercializam alimentos não perecíveis e
outros itens de primeira necessidade a preços acessíveis, prioritariamente a famílias
em situação de vulnerabilidade social.
Outro
equipamento público importante registrado na pesquisa são os Bancos de
Alimentos, que recebem e distribuem gêneros alimentícios a entidades da rede
socioassistencial, grupos em situação de insegurança alimentar, escolas
públicas, creches, restaurantes populares e cozinhas comunitárias, entre outros
beneficiários.
O
MapaSAN revela a existência de 124 Bancos de Alimentos em 117 municípios. Em
média, esses equipamentos recebem e distribuem mais de 38 mil toneladas de
alimentos por mês, que beneficiam quase 5 mil entidades e 11,7 milhões de
pessoas. Os Bancos de Alimentos estão presentes em 24 estados, sendo 16 em
capitais, com uma cobertura de 60% dos municípios acima de 300 mil habitantes.
Em
relação à gestão do Sisan nos municípios, Patrícia Gentil considera positivo o
fato de 734 cidades possuírem conselhos locais de segurança alimentar e
nutricional. “Eles permitem maior participação social na elaboração e no
monitoramento das políticas e ações municipais, o que é muito importante para o
fortalecimento do Sisan”, afirma. Dos 1.628 municípios que participaram da
pesquisa, 454 afirmaram que há legislação local de Segurança Alimentar e
Nutricional e 433 já realizaram uma ou mais Conferências locais de SAN. Alguns,
como é o caso de Curitiba (PR), já estão avançando na articulação das ações e
programas, com bons resultados práticos. A capital paranaense mantém 20
programas ligados à Segurança Alimentar e Nutricional, que fazem 11,9 milhões
de atendimentos por ano e integram diferentes áreas, como saúde, assistência
social, agricultura e abastecimento.
Patrícia
Gentil informa que o MapaSAN deverá se tornar um levantamento anual e será
utilizado como instrumento para aprimorar as ações relacionadas à implantação
do Sisan e em todo o país. “Para 2015, estamos avaliando outras dimensões do
sistema que serão incorporadas na pesquisa”, acrescenta.
Saiba
mais: www.presidencia.gov.br/consea
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Educação alimentar nutricional
MDS e Fiocruz oferecem curso on line de
aperfeiçoamento em “Educação Alimentar e Nutricional”
Por
José Maria Filho: Jornalista Mtb 19.852
O
curso tem carga horária de 188 horas e as inscrições estão abertas até o dia 28
de fevereiro de 2015
Profissionais
que atuam no programa Bolsa Família já podem se inscrever no curso online de
aperfeiçoamento “Educação Alimentar e Nutricional no Contexto do Bolsa
Família”. O curso é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio
Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o objetivo de capacitar 700
profissionais em todo país.
As
inscrições para o processo de seleção vão até o dia 28 de fevereiro no site de Educação
à Distância da Fiocruz. O curso, com carga horária de 188 horas, começa em maio
deste ano, e é voltado para profissionais de nível superior ou médio que atuam
no programa. Os profissionais deverão concorrer às vagas em equipes formadas
por um representante da Assistência Social, um da Educação e um da Saúde.
Segundo
a nutricionista da coordenação geral de Educação Alimentar e Nutricional do
MDS, Luisete Bandeira, o ministério tem uma grande preocupação com o estado
nutricional das crianças do Bolsa Família. “A formação dos profissionais é
essencial para garantir a oferta de serviços qualificados às famílias,
principalmente no que se refere à promoção da qualidade de vida e formação de hátitos
alimentares e saudáveis”, explica.
O
coordenador local ou substituto regulamentar do Bolsa Família deve encaminhar,
pelos Correios, os documentos dos candidatos conforme Edital. Os interessados
podem obter mais informações pelos canais abaixo:
(61) 2030-1588
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
De Onde Vem?
Idec lança campanha sobre a importância
da origem dos alimentos no Brasil
Por José Maria Filho: Jornalista MTb
19.852
A
Campanha promove o direito dos consumidores à informação sobre onde e como os
alimentos são produzidos, a primeira fase fez alusão a ingredientes típicos de
receitas de festas de final de ano.
O Idec -Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor acaba de lançar a campanha De onde vem?
para sensibilizar os consumidores sobre a importância da rastreabilidade dos
alimentos – ou seja, a capacidade de se rastrear por todas as etapas de
produção, processamento e distribuição até chegar ao consumidor final. Com a De
onde vem?, é possível se informar sobre as vantagens de conhecer a origem
dos alimentos, como esse tema se dá no Brasil e, ainda, se cadastrar para
receber mais informações. Foram elaboradas também peças de comunicação sobre o
tema, que serão compartilhadas nas redes sociais. As primeiras peças foram com
a pergunta De onde vem?”foram relacionadas a alimentos típicos das festas de
final de ano. Nesse mês de janeiro, outras peças estão sendo veiculadas com os
alimentos mais consumidos no verão.
Apesar de não haver regulação
sobre o tema no Brasil, como já ocorre em outros países, o Idec realizou uma pesquisa
e identificou que algumas redes supermercadistas já possuem programas
voluntários de rastreabilidade, porém, ainda insuficientes. O Instituto
identificou, em visita aos supermercados, que o maior problema está nos
alimentos a granel: apenas 0,06% dos alimentos apresentam alguma informação ao
consumidor. Entre os alimentos embalados, são 42,6%. Os alimentos orgânicos têm
vantagem - são 56,5% contra 28,7% dos convencionais. “O ideal seria que nas
gôndolas um cartaz indicasse algumas informações, tais como: o produto e
variedade, o produtor e o centro de distribuição - quando houver, CPF/CNPJ,
endereço, data de produção, lote e se houve uso ou não de agrotóxicos”, explica
Renata Amaral, pesquisadora do Instituto.
Existem diversos benefícios na
rastreabilidade, como a valorização dos alimentos orgânicos e agroecológicos, o
respeito à produção socialmente justa e a possibilidade de escolher alimentos
elaborados próximos do consumidor, ou seja, com menos emissões de carbono para
a distribuição. “Além disso, saber de onde vem o alimento e por onde ele passou
permite identificar os responsáveis por problemas da cadeia de fornecimento de
alimentos, além de dar agilidade aos processos de recall quando há alguma
violação sanitária”, reitera Renata.
Com base no artigo 6º do Código de
Defesa do Consumidor, que prevê informação clara e adequada como direito
básico, o Idec entende que esse tipo de dado deve estar mais acessível ao
consumidor, ampliando o seu poder de escolha. Além disso, caso haja alguma
irregularidade nesse produto, será mais fácil a adoção de medidas junto a toda
a cadeia produtiva.
Chefe Bela Gil!
O título, da
Editora Globo foi apresentado ao público nesta quarta-feira (20) na Livraria
Cultura do Nacional, em São Paulo e contou com a participação de mais de mil
convidados.
Distribuídas
por mais de 170 páginas primorosas, as delícias do “Bela Cozinha as receitas de Bela Gil”, a chef que apresenta
programa no canal GNT é apresentado em por capítulos: cremes e sopas, legumes e
folhas verdes, petiscos, dia a dia, molhos e finaliza com sobremesas de encher
os olhos.
Bela Gil,
filha do cantor e compositor Gilberto Gil, desde criança vigiava a avó na
cozinha, mas segundo ela não colocava a mão na massa. Na adolescência, começou
a praticar ioga e percebeu que a comida influenciava desde a saúde física e mental
até a sua tomada de decisões.
Então decidiu
estudar o poder dos alimentos como forma de prevenção de doenças, a exemplo da
ayurveda e da macrobiótica. Como foi morar sozinha no exterior precisou cozinhar
para comer bem. Valoriza os produtos orgânicos e frescos e acredita na
construção de um futuro saudável, justo e gostoso de viver.
Bela Cozinha -
as receitas de Bela Gil
Editora Globo-
174 pág.
R$ 49,90
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