quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

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Em 2014, a sociedade amadureceu em relação à busca de uma alimentação mais saudável, produzida de forma ecológica e distribuída com justiça sócio-econômica. No entanto, como revela o recém-lançado Relatório dos Direitos Humanos no Brasil 2014, ainda há transformações urgentes que precisam ocorrer em 2015. Vamos juntos nutrir as boas mudanças?



Renova-se a esperança de uma sociedade baseada na agroecologia
Por Susana Prizendt

Ao longo desse ano, a consciência e o reconhecimento de que é necessário reestruturar nosso sistema de produção e consumo de alimentos se expandiram sensivelmente. Organizações internacionais importantes, como a própria ONU/FAO, se manifestaram para mobilizar os governos e a sociedade civil em direção ao cultivo de base agroecológica, rompendo com as ideias que sustentam o atual modelo, baseado em monoculturas e alta densidade no uso de agrotóxicos.
No mês em que representantes de diversos países se reuniram na 20ª Conferência das Partes (COP 20) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que aconteceu em Lima, no Peru, cientistas especializados no tema, como Kirtana Chandrasekaran e Martín Drago, coordenadores do programa de Soberania Alimentar da Amigos da Terra Internacional, publicaram um artigo, divulgado pelo portal Envolverde/IPS, em que afirmam:
"Para erradicar a fome é imprescindível aumentar a renda dos setores empobrecidos e contribuir para que os produtores de alimentos em pequena escala possam manter seu modo de vida, para se alimentarem e alimentarem o mundo de forma sustentável".
No Brasil, a publicação do novo Guia Alimentar, contendo recomendações para que as pessoas dêem preferência aos alimentos in natura ou preparados em casa, seguindo as características regionais, demonstra como nosso país está acompanhando o mundo no percurso rumo à agroecologia.
Programas que incentivam a produção de base agroecológica ganharam espaço em meio ao ainda forte domínio do modelo baseado na concentração de renda e no uso de substâncias tóxicas que caracterizam o agronegócio.
Mas, se alguns passos importantes já estão sendo dados, eles ainda são tímidos frente a urgente necessidade de revermos nossos pilares no setor agroalimentar.
A gravíssima crise hídrica, que assola boa parte do país, possui suas origens na forma destrutiva como os seres humanos se relacionam com a natureza e dela extraem seus alimentos.
O recém-lançado Relatório dos Direitos Humanos no Brasil 2014 contém artigos que abordam esse tema e trazem mais luz sobre o caminho que precisamos seguir para conquistar um reequilíbrio.
Nós, agentes dedicados ao processo da mudança agroecológica, convidamos a todos para virem semear conosco nesse novo ano que em breve se iniciará. Que nossas sementes possam crescer repletas de vitalidade e nutrir com harmonia e solidariedade todos os seres humanos.
Viva 2015!

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