Nutricionista Valéria Paschoal
participa da posse da Ministra Tereza Campello do MDS, em Brasília
Por:
José Maria Filho jornalista Mtb 19.852
Da direita para esquerda: a
Nutricionista Valéria Paschoal, Diretora da VP Consultoria Nutricional, a
Ministra Tereza Campello do MDS e a Nutricionista Simone Rocha - Presidente da
Associação de Nutrição do Distrito Federal durante a posse da recondução da
economista Tereza Campello a frente do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome
Discurso de recondução ao cargo da ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a economista Tereza Campello
Durante o evento que
contou com as presenças de Ministros como Cid Gomes, da Educação, Arthur Chioro,
da Saúde e outros foi apresentado o livro “Brasil Sem Miséria” um retrato das
transformações sociais do país nos últimos 12 anos.
Em seu discurso a
Ministra Tereza Campello, agradeceu as presenças de todos: “confesso que nós
ficamos com dúvidas com relação a fazer esse evento. Vocês participaram de
vários eventos, todos eles de transmissão de cargo. Nós estamos num evento
diferente, que é de recondução, mas nós pensamos e achamos que é importante ter
um ritual que marque tudo isso que nós construímos conjuntamente, mais ainda em
se tratando do MDS, que sintetiza toda a agenda de esforço de inclusão, toda a
agenda de desenvolvimento inclusivo que vem sendo feita ao longo do governo do
presidente Lula e da presidente Dilma e, portanto, não poderíamos deixar esse
momento passar em branco, sem ter um ritual, mesmo que não fosse um ritual de
passagem”.
A economista Tereza
Campello falou da trajetória de construção de um modelo de desenvolvimento com
inclusão, o Brasil Sem Miséria, que transformou de forma inexorável o país. “Temos
que reafirmar nosso legado para não permitir retrocessos e para continuar
avançando sempre. Batemos todas as nossas metas antes do prazo. Em dezembro,
antes mesmo de terminar o mandato da presidente Dilma, publicamos esse livro,
que é o Brasil Sem Miséria, que consolida o esforço coletivo do governo,
registra o conjunto dos nossos feitos, registra os processos construídos
conjuntamente e que, portanto, para nós também é um produto entregue junto com
o conjunto dessas várias realizações que conseguimos entregar em dezembro”.
Em 800 páginas, o livro
escrito a muitas mãos, como foi a construção e a implementação do Brasil Sem
Miséria, traz o texto sobre a saúde, por exemplo, mostra como, sem ferir o
grande princípio de acesso universal à saúde, se consegui garantir acesso aos
mais pobres, com piso básico diferenciado e ações específicas.
Os textos da
educação, que são vários, escritos pelo ex-ministro José Henrique Paim, mostra
como Pronatec chegou aos mais pobres através da parceria com a rede de
assistência social. As parcerias na floresta, com o Bolsa Verde, com o Incra e
o MDA, no desenvolvimento de assentamentos, para populações específicas.
São 32 textos que registram uma experiência de gestão. O livro já está à disposição on line pelo endereço: www. mds.gov.br
São 32 textos que registram uma experiência de gestão. O livro já está à disposição on line pelo endereço: www. mds.gov.br
Balanço
De acordo com a
Ministra, o Bolsa Família hoje está praticamente universalizado entre os que
têm o perfil, entre os que precisam. “Universalizamos também a rede de
equipamentos de assistência social, a rede dos CRAS. Inovamos criando equipes
volantes e lanchas que vão até as comunidades isoladas”.
Segurança
Hídrica
Nunca se investiu tanto em acesso a
água para os mais pobres. Chegamos a 1,1 milhão de cisternas, sendo 750 mil
feitas no governo da presidenta Dilma. Aliás, era até melhor a gente contar não
1,1 milhão de cisternas, mas um milhão e 100 mil mulheres livres de carregar
água em lata na cabeça dia a dia.
Ela destaca a
prioridade para a inclusão econômica. “Realizamos um grande esforço, em escala,
para facilitar e melhorar a inclusão econômica dos adultos do Bolsa Família.
Vou repetir de novo aquilo que sempre digo: o povo do Bolsa Família, os
adultos, trabalham e trabalham muito. Felizmente, as crianças não trabalham
mais. Mas eles querem melhorar de vida, querem melhorar sua inserção econômica
e é isso que nós estamos viabilizando em grande escala. Essa é uma reflexão
importante. Um conjunto de ações orquestradas dentro do Brasil Sem Miséria
permitiu levar, por exemplo, em conjunto com o MEC e o Sistema S, 1,5 milhão de
pessoas de baixa renda para os cursos de qualificação profissional do Pronatec.
Com o Programa Crescer e com demais bancos públicos, levamos microcrédito
produtivo a 400 mil beneficiários do Bolsa Família, são 400 mil famílias. Isso
nos garantiu formalizar 400 mil empreendedores em parceria com o Sebrae. E
levar recursos não reembolsáveis, sementes, insumos a 350 mil agricultores
familiares, pescadores, extrativistas, junto e em parceria com o MDA”.
Interdisciplinaridade
“Não estamos falando
em tese. Nós construímos esta agenda e a estamos aprofundando cada vez mais no
Brasil. Construímos ações intersetoriais que chegaram a milhões. São 17 milhões
de alunos do Bolsa Família monitorados mensalmente pela rede de educação. São 9
milhões de crianças no Brasil que tiveram acesso à megadose de vitamina A na
área de saúde, dentro do Brasil Carinhoso. E assim se multiplicam milhares de
experiências interdisciplinares, como é o caso de milhões de mulheres e
crianças que tiveram acesso ao registro civil, também graças a ações em
parceria, a maioria dessas mulheres e crianças extremamente pobres. Essas
experiências têm que ser mantidas e aprofundadas. São experiências simples,
replicáveis em grande escala, com grande abrangência, chegando a todo Brasil”.
Por termos optado por
atuar com políticas de impacto e escala, podemos comemorar. Resgatamos 36
milhões de pessoas da extrema pobreza, 22 milhões apenas no governo da
presidente Dilma. O Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO. Hoje, temos a primeira
geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome e que está na
escola.
Ações para o Futuro
É preciso avançar na
geração de oportunidades para os mais pobres. Esse é o grande desafio que se
impõe no próximo período: casar ainda mais a qualificação profissional e a
intermediação de mão de obra, permitindo que, cada vez mais, se reduzam as
distâncias e o tempo para garantir vagas no emprego.
Também é necessário
avançar no apoio às propostas mais coletivas de cooperativas de economia
solidária. Tendo avançado tanto nas grandes políticas de abrangência nacional,
temos o desafio de trabalhar com públicos específicos, sejam os ainda sujeitos
à insegurança alimentar, como indígenas e quilombolas, sejam as populações
rurais isoladas ou as populações em grandes centros urbanos também muitas vezes
em situação de isolamento.
Queremos nos dedicar
ainda mais à solução de problemas que afetam extrativistas e povos e
comunidades tradicionais. Já começamos a tratar deste tema com o nosso Ministro
Miguel Rossetto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Eu sempre digo uma
frase que eu acho que tem que nortear também a nossa agenda no próximo período:
“foi muito mais fácil acabar com a miséria do que acabar com o preconceito
contra os pobres”. Essa certamente é uma agenda do próximo período. A luta
contra o preconceito se mantém como um desafio na nossa próxima gestão.
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