terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nutricionista Valéria Paschoal participa da posse da Ministra Tereza Campello do MDS, em Brasília 


Por: José Maria Filho jornalista Mtb 19.852


Da direita para esquerda: a Nutricionista Valéria Paschoal, Diretora da VP Consultoria Nutricional, a Ministra Tereza Campello do MDS e a Nutricionista Simone Rocha - Presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal durante a posse da recondução da economista Tereza Campello a frente do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome




Discurso de recondução ao cargo da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a economista Tereza Campello


Durante o evento que contou com as presenças de Ministros como Cid Gomes, da Educação, Arthur Chioro, da Saúde e outros foi apresentado o livro “Brasil Sem Miséria” um retrato das transformações sociais do país nos últimos 12 anos.
Em seu discurso a Ministra Tereza Campello, agradeceu as presenças de todos: “confesso que nós ficamos com dúvidas com relação a fazer esse evento. Vocês participaram de vários eventos, todos eles de transmissão de cargo. Nós estamos num evento diferente, que é de recondução, mas nós pensamos e achamos que é importante ter um ritual que marque tudo isso que nós construímos conjuntamente, mais ainda em se tratando do MDS, que sintetiza toda a agenda de esforço de inclusão, toda a agenda de desenvolvimento inclusivo que vem sendo feita ao longo do governo do presidente Lula e da presidente Dilma e, portanto, não poderíamos deixar esse momento passar em branco, sem ter um ritual, mesmo que não fosse um ritual de passagem”.

A economista Tereza Campello falou da trajetória de construção de um modelo de desenvolvimento com inclusão, o Brasil Sem Miséria, que transformou de forma inexorável o país. “Temos que reafirmar nosso legado para não permitir retrocessos e para continuar avançando sempre. Batemos todas as nossas metas antes do prazo. Em dezembro, antes mesmo de terminar o mandato da presidente Dilma, publicamos esse livro, que é o Brasil Sem Miséria, que consolida o esforço coletivo do governo, registra o conjunto dos nossos feitos, registra os processos construídos conjuntamente e que, portanto, para nós também é um produto entregue junto com o conjunto dessas várias realizações que conseguimos entregar em dezembro”.

Em 800 páginas, o livro escrito a muitas mãos, como foi a construção e a implementação do Brasil Sem Miséria, traz o texto sobre a saúde, por exemplo, mostra como, sem ferir o grande princípio de acesso universal à saúde, se consegui garantir acesso aos mais pobres, com piso básico diferenciado e ações específicas.
Os textos da educação, que são vários, escritos pelo ex-ministro José Henrique Paim, mostra como Pronatec chegou aos mais pobres através da parceria com a rede de assistência social. As parcerias na floresta, com o Bolsa Verde, com o Incra e o MDA, no desenvolvimento de assentamentos, para populações específicas.
São 32 textos que registram uma experiência de gestão. O livro já está à disposição on line pelo endereço: www.
mds.gov.br

Balanço

De acordo com a Ministra, o Bolsa Família hoje está praticamente universalizado entre os que têm o perfil, entre os que precisam. “Universalizamos também a rede de equipamentos de assistência social, a rede dos CRAS. Inovamos criando equipes volantes e lanchas que vão até as comunidades isoladas”.
Segurança Hídrica
Nunca se investiu tanto em acesso a água para os mais pobres. Chegamos a 1,1 milhão de cisternas, sendo 750 mil feitas no governo da presidenta Dilma. Aliás, era até melhor a gente contar não 1,1 milhão de cisternas, mas um milhão e 100 mil mulheres livres de carregar água em lata na cabeça dia a dia.

Ela destaca a prioridade para a inclusão econômica. “Realizamos um grande esforço, em escala, para facilitar e melhorar a inclusão econômica dos adultos do Bolsa Família. Vou repetir de novo aquilo que sempre digo: o povo do Bolsa Família, os adultos, trabalham e trabalham muito. Felizmente, as crianças não trabalham mais. Mas eles querem melhorar de vida, querem melhorar sua inserção econômica e é isso que nós estamos viabilizando em grande escala. Essa é uma reflexão importante. Um conjunto de ações orquestradas dentro do Brasil Sem Miséria permitiu levar, por exemplo, em conjunto com o MEC e o Sistema S, 1,5 milhão de pessoas de baixa renda para os cursos de qualificação profissional do Pronatec. Com o Programa Crescer e com demais bancos públicos, levamos microcrédito produtivo a 400 mil beneficiários do Bolsa Família, são 400 mil famílias. Isso nos garantiu formalizar 400 mil empreendedores em parceria com o Sebrae. E levar recursos não reembolsáveis, sementes, insumos a 350 mil agricultores familiares, pescadores, extrativistas, junto e em parceria com o MDA”.

Interdisciplinaridade

        
“Não estamos falando em tese. Nós construímos esta agenda e a estamos aprofundando cada vez mais no Brasil. Construímos ações intersetoriais que chegaram a milhões. São 17 milhões de alunos do Bolsa Família monitorados mensalmente pela rede de educação. São 9 milhões de crianças no Brasil que tiveram acesso à megadose de vitamina A na área de saúde, dentro do Brasil Carinhoso. E assim se multiplicam milhares de experiências interdisciplinares, como é o caso de milhões de mulheres e crianças que tiveram acesso ao registro civil, também graças a ações em parceria, a maioria dessas mulheres e crianças extremamente pobres. Essas experiências têm que ser mantidas e aprofundadas. São experiências simples, replicáveis em grande escala, com grande abrangência, chegando a todo Brasil”.

Por termos optado por atuar com políticas de impacto e escala, podemos comemorar. Resgatamos 36 milhões de pessoas da extrema pobreza, 22 milhões apenas no governo da presidente Dilma. O Brasil saiu do Mapa da Fome da FAO. Hoje, temos a primeira geração de brasileiros que não vivenciou a tragédia da fome e que está na escola.

Ações para o Futuro

É preciso avançar na geração de oportunidades para os mais pobres. Esse é o grande desafio que se impõe no próximo período: casar ainda mais a qualificação profissional e a intermediação de mão de obra, permitindo que, cada vez mais, se reduzam as distâncias e o tempo para garantir vagas no emprego.

Também é necessário avançar no apoio às propostas mais coletivas de cooperativas de economia solidária. Tendo avançado tanto nas grandes políticas de abrangência nacional, temos o desafio de trabalhar com públicos específicos, sejam os ainda sujeitos à insegurança alimentar, como indígenas e quilombolas, sejam as populações rurais isoladas ou as populações em grandes centros urbanos também muitas vezes em situação de isolamento.
Queremos nos dedicar ainda mais à solução de problemas que afetam extrativistas e povos e comunidades tradicionais. Já começamos a tratar deste tema com o nosso Ministro Miguel Rossetto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Eu sempre digo uma frase que eu acho que tem que nortear também a nossa agenda no próximo período: “foi muito mais fácil acabar com a miséria do que acabar com o preconceito contra os pobres”. Essa certamente é uma agenda do próximo período. A luta contra o preconceito se mantém como um desafio na nossa próxima gestão.









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