segunda-feira, 14 de julho de 2014


A AÇÃO DOS NUTRIENTES NO FUNCIONAMENTO CEREBRAL

Já é conhecido que a alimentação é extremamente importante para a função cognitiva. Os hábitos alimentares adequados, entre inúmeros benefícios, auxiliam na proteção do cérebro e, com isso, é possível reduzir o risco e a morbidade de doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer.

Por outro lado, uma alimentação rica em açúcar pode ser extremamente prejudicial para o cérebro já que a rápida elevação dos níveis sanguíneos de glicose pode induzir a produção de radicais livres nos neurônios, podendo ocasionar a morte das células. E, consequentemente, em longo prazo teremos prejuízo do funcionamento cerebral.

Nutrientes como vitaminas do complexo B, gorduras do bem (como os ácidos graxos mono e poli-insaturados), minerais e fitoquímicos antioxidantes são essenciais tanto para o funcionamento cerebral adequado como para proteção contra os radicais livres em excesso.

Um estudo publicado em junho deste ano, realizado com 49 participantes, mostrou que o consumo adequado de vitamina B12, Vitamina D, beta-caroteno, folato e omega3, está associado com menor risco de doença de Alzheimer. Os autores elucidam que o alto consumo de vegetais, legumes, frutas, grãos integrais e peixes melhoram o perfil destes nutrientes, sendo uma estratégia protetora da função cerebral (que pode regredir conforme o avançar da idade). Esta proteção pode ser melhorada com a redução no consumo de gorduras saturadas, alimentos processados e açúcar.

A vitamina B12 e o folato agem na função cognitiva pela habilidade em reduzir os níveis de homocisteína, que quando aumentados estão relacionados com o declínio da função cognitiva. O beta caroteno pode proteger o cérebro pela sua potente ação antioxidante. A vitamina D também é importante para o sistema nervoso central devido à sua ação nas sinapses. Já o alto consumo de gorduras saturadas está associado com maior risco de doenças neurodegerativas e o alto consumo de omega3, com a redução.

O artigo foi publicado na BMJ e está com acesso livre pelo link:  http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4078781/pdf/bmjopen-2014-004850.pdf




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