A AÇÃO DOS NUTRIENTES
NO FUNCIONAMENTO CEREBRAL
Já
é conhecido que a alimentação é extremamente importante para a função
cognitiva. Os hábitos alimentares adequados, entre inúmeros benefícios,
auxiliam na proteção do cérebro e, com isso, é possível reduzir o risco e a
morbidade de doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer.
Por
outro lado, uma alimentação rica em açúcar pode ser extremamente prejudicial
para o cérebro já que a rápida elevação dos níveis sanguíneos de glicose pode
induzir a produção de radicais livres nos neurônios, podendo ocasionar a morte
das células. E, consequentemente, em longo prazo teremos prejuízo do
funcionamento cerebral.
Nutrientes
como vitaminas do complexo B, gorduras do bem (como os ácidos graxos mono e
poli-insaturados), minerais e fitoquímicos antioxidantes são essenciais tanto
para o funcionamento cerebral adequado como para proteção contra os radicais
livres em excesso.
Um
estudo publicado em junho deste ano, realizado com 49 participantes, mostrou
que o consumo adequado de vitamina B12, Vitamina D, beta-caroteno, folato e
omega3, está associado com menor risco de doença de Alzheimer. Os autores
elucidam que o alto consumo de vegetais, legumes, frutas, grãos integrais e
peixes melhoram o perfil destes nutrientes, sendo uma estratégia protetora da função
cerebral (que pode regredir conforme o avançar da idade). Esta proteção pode
ser melhorada com a redução no consumo de gorduras saturadas, alimentos
processados e açúcar.
A
vitamina B12 e o folato agem na função cognitiva pela habilidade em reduzir os
níveis de homocisteína, que quando aumentados estão relacionados com o declínio
da função cognitiva. O beta caroteno pode proteger o cérebro pela sua potente
ação antioxidante. A vitamina D também é importante para o sistema nervoso
central devido à sua ação nas sinapses. Já o alto consumo de gorduras saturadas
está associado com maior risco de doenças neurodegerativas e o alto consumo de
omega3, com a redução.
O
artigo foi publicado na BMJ e está com acesso livre pelo link:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4078781/pdf/bmjopen-2014-004850.pdf
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