Exercício
físico e controle da compulsão alimentar
O
apetite e o consumo alimentar são regulados por complexas interações entre o
eixo cérebro-intestino, que são influenciadas por diversas condições, como a
atividade física. Supõe-se que exercícios de alta intensidade tenham maior
participação na inibição do apetite do que atividades de baixa ou moderada
intensidade, por suprimirem hormônios orexígenos como a grelina e aumentarem a
atividade de hormônios anorexígenos, como peptídeo YY.
Um
estudo clínico publicado neste ano na AJCN demonstrou que o exercício físico de
intensidade moderada-alta (corrida por 60 minutos a 70% da capacidade aeróbica máxima),
quando praticado por pessoas que seguem um programa regular de atividade
física, pode suprimir a resposta ao apetite, além de modular os níveis dos
hormônios envolvidos nesse processo. Além disso os pesquisadores observaram
diferenças na estimulação visual neural após o exercício, ou seja, aumento da
resposta cerebral para alimentos de baixas calorias e inibição da ativação da
resposta para alimentos hipercalóricos.
Mais
recentemente cientistas americanos verificaram que esses efeitos benéficos podem
ser alcançados inclusive por indivíduos que não praticam atividade física. A
prática de exercício aeróbico de alta intensidade e curta duração foi capaz de
alterar a motivação para a aquisição de alimentos de alta e baixa densidade
energética, reforçando a ligação entre a atividade física e o controle da
ingestão alimentar.
Quer
saber mais? Leia em: Appetite. 2014 Jul 1. pii: S0195-6663(14)00350-X. doi:
10.1016/j.appet.2014.06.102. [Epub ahead of print].
Não
perca esses e outros estudos que serão abordados na aula da Dra. Andréia Naves
no X Congresso Internacional de Nutrição
Funcional entre 11 e 13 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca – São
Paulo/SP. Informações: www.vponline.com.br/congresso
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